Hoje em dia, estudos indicam a presença de problemas na hora de dormir em função de fatores como estilo de vida, problemas financeiros, dificuldades para conciliar a vida, insegurança e questões emocionais, comprometendo o rendimento pessoal, além de resultar em diversas outras situações negativas. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 45% da população mundial sofre com algum distúrbio do sono, entre eles a apneia do sono. Atualmente, existe uma perspectiva alarmante de que, aproximadamente, 90% de quem sofre com o distúrbio ainda não foi diagnosticado, e isso é uma informação preocupante uma vez que a apneia pode acarretar diversos riscos para a saúde.
A apneia do sono é um distúrbio que causa momentaneamente a parada da respiração ou uma respiração superficial durante o sono, resultando em um descanso falho e pouco relaxante, além de gerar roncos na pessoa. A irregularidade é causada devido a obstrução das vias respiratórias nasais em função de uma desregulação dos músculos da faringe, entretanto, há hábitos que estimulam o risco de desenvolver o distúrbio do sono, por exemplo, o consumo de bebidas alcoólicas, tabagismo ou o excesso de peso.
Considerando todos os fatores, há três tipos principais de apneia do sono que podem ser desenvolvidas, além de uma temporária. Existe a obstrutiva, a central e a junção de ambas, que é a mista.
Apneia obstrutiva do sono: ocorre, em grande parte, devido à obstrução das vias aéreas no nível da garganta ao longo do sono, resultando na parada da respiração e, em seguida, na emissão de roncos;
Apneia central do sono: ocorre, normalmente, depois de alguma doença que causou alguma lesão cerebral e alterou a percepção do indivíduo em regular a estimulação respiratória durante a noite de sono.
As informações estão disponíveis no portal informativo MSD Manuals.
O que a apneia pode causar?
Segundo a Dra. Jéssica Arakaki, dentista e estudiosa do tema, os principais sintomas são a sonolência ao longo do dia, dificuldade de concentração, irritabilidade, dor de cabeça, alterações da memória e, em casos mais graves, até impotência. Outro destaque, dado pela doutora, foi a possibilidade do distúrbio gerar problemas cardíacos para o portador, sendo essa a consequência mais alarmante.
“Devido à constante interrupção de suprimento de ar, a apneia gera uma queda dos níveis de oxigênio no sangue. Com isso, é colocada uma pressão sobre o coração, já que leva o órgão a bombear mais rápido o sangue, no intuito de compensar a falta de O2”, comenta a dentista.
Como tratar?
Atualmente, com a evolução da medicina, existem alguns tratamentos para combater a apneia do sono. A doutora Arakaki indica que, em casos iniciais e leves, a solução pode estar no uso de um aparelho ortodôntico. Segundo a dentista, o aparelho, ativado gradativamente, vai agir no posicionamento da mandíbula e respeitar as dimensões do paciente, assim exercendo um favorecimento na oxigenação de todo o organismo enquanto ele dorme, o que acaba por controlar a apneia.
No entanto, a Dra. Jéssica Arakaki alerta que se deve ter cuidado na escolha do tratamento. Quando em casos mais graves, a dentista comenta que uma escolha a ser considerada é pelo tratamento com uso de máscara, o CPAP, durante as noites de sono.
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