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Coelho não deve ser usado como presente de Páscoa

São Paulo – SP 8/4/2020 – Os animais não são brinquedos de pelúcia e precisarão de cuidados especiais por toda a vida.

O coelho é um mamífero quadrúpede cujo corpo é coberto por uma pelagem densa. Sua cor pode variar bastante, há coelhos brancos, cinzas, pretos, marrons, etc. Sua cabeça é ovalada e seus olhos são grandes. Na natureza, seu peso varia entre 1,5 e 2,5 kg. Suas orelhas podem medir até 7 cm e sua cauda é bem curta. As patas posteriores são maiores do que as anteriores. O comprimento do coelho oscila entre 33 e 50 cm, de acordo com a raça.

“Um coelho pode atingir a velocidade de 55km/h. Seu salto mais alto pode atingir 1 metro de altura e o mais longo até 3 metros”, salienta Vininha F. Carvalho, editora da Revista Ecotour News & Negócios (www.revistaecotour.news).

O coelho é um animal fértil durante todo o ano, por isto para diversas culturas representa a fertilidade, recomeço e esperança. É o símbolo da Páscoa, que tem origem em mitos e ritos germânicos e em sua articulação com a tradição cristã na Idade Média. Os mais antigos registros sobre a lenda do coelho que traz os ovos para as crianças datam de 1678.

“Mas, antes de ofertar um coelho como presente nesta data, é preciso ter certeza que ele será bem-vindo ao novo lar e orientar o presenteado sobre os hábitos do animal, para que não haja problemas futuros”, enfatiza Vininha F. Carvalho.

Os coelhos possuem uma dieta especial, precisam mastigar bem os alimentos, para evitar que seus dentes cresçam sem parar. São animais herbívoros, que se alimentam de vegetais, como folhas e verduras, além de ração específica para a espécie, ambos em quantidade controlada uma vez ao dia. E eles precisam ainda de uma dieta à base de feno de capim. Eles gostam de se esticar, usar as pernas e saltar, aliás, uma forma de interação para começar uma amizade com seu tutor. É interessante ele ter um espaço mais fechado para dormir, nem que seja uma gaiola. Ele precisa ter a cama trocada regularmente. Os coelhos devem ter acesso à luminosidade natural, para que tomem banho de radiação ultravioleta, mas é fundamental que exista um abrigo do sol.

Os coelhos são animais propensos a doenças de pele, por isso a higiene deve ser rigorosa, a fim de evitar problemas com fungos e sarnas. Porém, banhos não são indicados, pois, a pelagem do animal é muito fina e não seca facilmente, isso ajuda a propagar microrganismos. O próprio animal limpa sua pelagem através de enzimas encontradas na saliva e para complementar essa limpeza é recomendado à escovação da pelagem três vezes por semana

Segundo a médica-veterinária Rosângela Ribeiro Gebara, da Comissão Técnica de Bem Estar Animal (CTBEA) do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo (CRMV-SP) , – “os animais não são brinquedos de pelúcia e precisarão de cuidados especiais por toda a vida. Os coelhos vivem de 6 a 8 anos, em média. O problema de convivência muitas vezes começa ainda na aquisição. Uma prática comum é vender filhotes ainda imaturos, como se fossem coelhos anões. Por falta de cuidados especiais, manipulação inadequada e ausência da mãe, vários desses coelhos morrem após poucos dias. Dessa maneira, os pais deixam de ensinar aos filhos lições sobre responsabilidade e compaixão com os seres vivos”.

Para os cristãos, a Páscoa é a passagem de Jesus Cristo da morte para a vida: a ressurreição. O coelho simboliza a Igreja que, pelo poder de Cristo, é fecunda em sua missão de propagar a palavra de Deus a todos os povos. É considerada a festa das festas, e não se celebra dignamente esta data, senão na alegria e no respeito ao direito dos animais. Jamais se devem expor os coelhos aos maus-tratos.

“A cada ano, milhares de coelhos, são comprados para servirem de presentes nesta época. Algumas semanas mais tarde são abandonados. Animais nunca devem ser dados como presente surpresa e a maioria das crianças não pode assumir a responsabilidade de cuidar de uma criatura tão frágil”, conclui Vininha F. Carvalho.

Website: https://www.revistaecotour.news

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Anderson Scardoelli

Jornalista "nativo digital" e especializado em SEO. Natural de São Caetano do Sul (SP) e criado em Sapopemba, distrito da zona lesta da capital paulista. Formado em jornalismo pela Universidade Nove de Julho (Uninove) e com especialização em jornalismo digital pela ESPM. Trabalhou de forma ininterrupta no Grupo Comunique-se durante 11 anos, período em que foi de estagiário de pesquisa a editor sênior. Em maio de 2020, deixou a empresa para ser repórter do site da Revista Oeste. Após dez meses fora, voltou ao Comunique-se como editor-chefe, cargo que ocupou até abril de 2022.

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