Modalidade de aporte financeiro em startups realizado direta e exclusivamente por fundos de outras empresas, as inversões financeiras de Corporate Venture Capital (CVC) atingiram a marca de US$ 169 bilhões (o equivalente a R$ 870,5 bi) no ano de 2021, de acordo com dados do relatório State of CVC, da plataforma estadunidense de inteligência de mercado CB Insights. No Brasil, segundo levantamento da consultoria Bain & Company, existem ao menos 73 fundos dessa espécie.
Nos últimos anos, tem sido recorrente o fato de grandes empresas utilizarem fundos de Corporate Venture Capital como estratégia para adquirir e implementar novas soluções, tecnologia, inovação e, com isso, garantir uma vantagem competitiva em seus mercados de forma rápida – e, para isso, o caminho é o investimento em startups.
Por conta dos fundos de CVC serem altamente complexos, existem empresas que atuam justamente no gerenciamento destas estruturas. Peter Seiffert, fundador e CEO da Valetec, gestora de recursos especializada em montar e administrar fundos de capital de risco para grandes companhias, explica que é necessário que haja uma definição da tese de investimento do fundo que foi criado junto à corporação.
“Neste trabalho, definimos a expectativa e objetivos. Isto dá ao fundo, e à empresa que irá gerenciá-lo, uma direção não só no valor dos investimentos a serem realizados, bem como na escolha e na seleção das empresas a serem investidas”, diz.
A Valetec, atualmente, realiza a gestão de cinco fundos de CVC: o fundo Neuron Ventures, destinado à empresa Eurofarma, com aporte de R$ 45 milhões; o fundo DX Ventures, para a Dexco (R$ 140 milhões); o fundo LW Ventures, destinado à Locaweb (R$ 100 milhões); o fundo Açolab Ventures, destinado à companhia ArcelorMittal (R$ 110 milhões); e o fundo Anima Ventures, para a empresa Anima Educação (R$ 100 milhões).
Para Seiffert, os fundos de Corporate Venture Capital estão “salvando” as startups em um momento de escassez de investimento de risco. “Neste setor onde as corporações não investem buscando em primeiro lugar o retorno financeiro e sim a incorporação da inovação que a Startup traz para o segmento da empresa que investe, nunca existe recessão”, afirma o executivo.
Além dos cinco fundos de CVC que a Valetec já gere, um novo empreendimento está em vias de ser fechado, em uma movimentação que levará a empresa para o mercado latino-americano. “Acabamos de ganhar uma concorrência na estruturação de um fundo para uma corporação colombiana. Este é o primeiro projeto na América Latina e estamos muito felizes pelo reconhecimento e por sermos a gestora escolhida entre muitas”, afirma.
Para saber mais, basta acessar: www.valetec.com.br