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Como a meditação pode auxiliar no desempenho de atividades físicas?

São Paulo 26/3/2021 –

Nas mais diversas tradições, a meditação sempre foi praticada e esteve ligada ao processo de autoconhecimento, trazendo clareza e sabedoria aos que a praticavam. Além de todos os benefícios mentais colhidos pela meditação, a prática constante pode ser uma grande aliada para melhorar o desempenho de exercícios físicos.

É certo que a meditação tem papel crucial na manutenção da nossa saúde física e mental, explica Sandra Paoleschi, professora de yoga da Cia Athletica Granja Vianna. “O tema já vinha crescendo no meio científico antes mesmo da pandemia, e agora nessa crise mundial que nos encontramos, está realmente em evidência. Neste sentido, a prática constante nos auxilia nas atividades rotineiras, no trabalho, estudos e também nos exercícios físicos”.

De acordo com Paoleschi, os resultados de quem medita com frequência são surpreendentes e vão além dos benefícios físicos, como baixa de pressão arterial, controle de doenças psicossomáticas e diminuição de dores crônicas.

A professora explica que, para o bom desempenho de exercícios físicos e práticas esportivas, a meditação atua na melhora do funcionamento do cérebro, aumentando a capacidade de concentração e relaxamento, o que pode melhorar a qualidade do sono.

“A concentração é uma ferramenta crucial para diversas atividades que desempenhamos e quando melhoramos essa capacidade, nossas atividades físicas são muito melhor aproveitadas. Além disso, com uma melhor qualidade de sono, acordamos com mais disposição e, consequentemente, todas as atividades, incluindo a física, terão melhor desempenho”, explica.

A meditação na prática

Após a prática frequente, o atleta começa a inserir a meditação de forma inconsciente em suas atividades, elevando mais seu desempenho a aproveitando os benefícios do exercício. “Um surfista ao entrar no mar, por exemplo, esperando a onda ou surfando nela, está em um estado meditativo e consegue focar apenas naquele momento, assim como a bailarina quando está no palco e um corredor em uma pista”, exemplifica a professora.

O entrar em uma postura de yoga e o permanecer nela também é um exemplo de meditação, desde que se esteja presente no momento presente, não só com o corpo físico, mas com o mental, o intelectual e o espiritual.

Portanto, é possível carregar os princípios da meditação para qualquer prática de exercício e esporte, aumentando a concentração, resistência à dor e, consequentemente, aumentando o desempenho daquela atividade.

Meditar não é “pensar em nada”

A ideia de que meditar é evitar o pensamento é distorcida. Paoleschi explica que basta perceber os pensamentos e não criar identificação com eles. Isso traz uma grande tranquilidade que se reflete num ganho de saúde, qualidade de vida e produtividade.

Qualquer pessoa pode meditar, desde que entenda que o processo será gradativo e cada um seguirá de acordo com sua capacidade. É necessário apenas estar em uma postura firme e confortável (pode ser em uma cadeira, uma almofada ou diretamente no chão, isso vai depender do seu hábito).

“Para um iniciante, é fundamental saber que, no começo, meditar é apenas aprender que está sentado como um observador dos pensamentos. Aos poucos, entende o que é observar sem criar ação nesses pensamentos e, a partir dessa experiência, verá que há um intervalo entre um pensamento e outro e assim vai descobrindo que há algo além dos nossos pensamentos, há uma consciência maior além desses turbilhões de pensamentos”, explica.

A disciplina é a mais poderosa chave para a meditação. Sentar para meditar todos os dias por cinco ou dez minutos já é uma mudança de atitude. “Aos poucos o praticante começa a perceber a raiz dos hábitos, tornando mais fácil remover um hábito negativo, melhorando a capacidade do que você vê, escuta e se relaciona com o mundo, percebendo o que precisa trabalhar sobre si mesmo”, conclui.

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Anderson Scardoelli

Jornalista "nativo digital" e especializado em SEO. Natural de São Caetano do Sul (SP) e criado em Sapopemba, distrito da zona lesta da capital paulista. Formado em jornalismo pela Universidade Nove de Julho (Uninove) e com especialização em jornalismo digital pela ESPM. Trabalhou de forma ininterrupta no Grupo Comunique-se durante 11 anos, período em que foi de estagiário de pesquisa a editor sênior. Em maio de 2020, deixou a empresa para ser repórter do site da Revista Oeste. Após dez meses fora, voltou ao Comunique-se como editor-chefe, cargo que ocupou até abril de 2022.

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