Cólicas intensas durante o período menstrual ou ovulatório, desconforto nas relações sexuais, sintomas de infecção urinária e dores para evacuar no período menstrual são alguns dos sintomas relacionados à endometriose. Estima-se que, em todo o mundo, a doença afete cerca de 180 milhões de mulheres, sendo mais de 7 milhões somente no Brasil.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Endometriose (SBE), a doença é caracterizada pela presença de endométrio fora do útero. O endométrio é a camada que reveste internamente a cavidade uterina e é renovado mensalmente por meio da descamação durante o fluxo menstrual. Segundo a entidade, ainda não existe compreensão completa sobre a origem da endometriose, mas há uma série de fatores imunológicos, genéticos, fatores de crescimento e alterações enzimáticas envolvidas que podem favorecer o desenvolvimento da doença.
O diagnóstico é feito por meio da suspeita clínica no exame de rotina e confirmado através de exames de imagem especializados. “O diagnóstico correto e precoce, através do mapeamento de endometriose (exame ecográfico especializado), pode aliviar as consequências dessa doença”, afirma o Dr. Fabrício Furtado, médico do corpo clínico do IMMEF.
“As principais diferenças do mapeamento de endometriose em relação ao ultrassom transvaginal convencional são o preparo intestinal prévio ao exame e a experiência do profissional que o realiza, uma vez que as lesões de endometriose são extremamente sutis e geralmente passam desapercebidas no exame transvaginal simples”, complementa Dra. Juliana Cabral que atua no diagnóstico ultrassonográfico de endometriose profunda no IMMEF.
Já a Síndrome do Ovário Policístico (SOP) está relacionada a desordens endócrino-metabólicas e pode levar a complicações em mulheres que desejam engravidar. Segundo o Ministério da Saúde, trata-se de um distúrbio hormonal muito comum, caracterizado pela presença de cistos, e que ocorre principalmente em mulheres com idade entre 30 e 40 anos.
“O início do diagnóstico da SOP pode ser feito num simples exame ecográfico, ou mesmo durante o mapeamento de endometriose, como no caso da jovem atriz Larissa Manoela”, explica Dr. Fabrício Furtado.
Os especialistas orientam que as mulheres, ainda na fase da adolescência, conversem com seus médicos e procurem clínicas especializadas para realizar o check-up anual ou sempre que houver necessidade.
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