Trabalhar em países estrangeiros, desfilar em passarelas ou estrelar campanhas publicitárias. Estas são algumas das possibilidades da carreira de modelo, um sonho para muitos. No entanto, para além da aparência, exercer a profissão exige se comunicar bem, ter postura, deixar de lado a timidez, entre outras habilidades que são moldadas por uma agência de modelos. A agência é o ponto de convergência para o desenvolvimento de futuros profissionais.
Atuando nos bastidores, o trabalho das agências de modelos é colocar em contato os clientes – que vão desde produtoras de vídeo, empresas de publicidade e até marcas de luxo – com modelos que atendam aos requisitos solicitados. Sobre este último ponto, velhos estereótipos estão caindo em desuso.
Desde que a primeira agência do tipo foi criada nos Estados Unidos, ainda nos anos 1940, muitas transformações se deram. Youtubers e influencers, que simplesmente não existiam até pouco tempo, hoje são agenciados. O padrão de beleza convencional, assim como as rígidas fitas métricas, com medidas exatas de altura, quadris e cintura, está dando lugar à diversidade. A quebra de limitações pode ser observada com a ascensão de modelos sêniores (mais de 50 anos), cada vez mais protagonizando comerciais e estrelando desfiles como São Paulo Fashion Week, ou mesmo com a contratação de uma modelo com Síndrome de Down pela marca de lingerie Victoria’s Secret.
Hoje, as agências atuam com perfis variados, despindo racismos contra pessoas negras e preconceitos sobre corpos plus size ou com deficiência física. Desta forma, atendem à procura dos anunciantes e, consequentemente, aos mais diversos públicos que querem se sentir representados. Cercar-se de diferentes biotipos, raças e faixas etárias é uma necessidade suprida por meio de diferentes profissionais das agências de modelos.
Para Guilherme Schneider, CEO da Forum Model Management, o agenciador é a figura central. É ele o responsável por indicar os profissionais que terão oportunidade de integrar o casting, isto é, o processo de seleção para contratação em um trabalho. Antes mesmo de integrar o time de contratados, cabe ao agenciador avaliar a aptidão do modelo e até mesmo convencê-lo a investir na carreira.
“Uma vez identificado uma pessoa que tenha potencial, o agenciador verifica quais são os investimentos necessários a serem feitos por parte do candidato e da agência, um contrato de representação é assinado e uma nova carreira se inicia”, explica Schneider.
Por trás de uma agência de modelos há também um time de marketing, designers, bookers, scouters. São muitos os termos e expressões do ramo. Para desvendar o tema, o CEO da Forum Model, que agencia modelos, atores e influencers em unidades de Curitiba e Porto Alegre, detalha quais os principais profissionais operam na área e suas atribuições:
Diretor de Casting
“Também conhecido como agenciador de modelos, é o profissional mais solicitado do mercado. Tem ‘olho’ e habilidades para identificar e convencer novos talentos sobre seu potencial e como ingressar no mercado da moda e publicidade. É o profissional que define o casting (elenco) da agência de modelos”, pontua Schneider.
Na prática da profissão, cabe ao agenciador realizar entrevistas, avaliar e oferecer ao modelo a possibilidade de ser representado por uma agência de modelos.
Scouter
É o olho da agência fora do escritório. O scouter é quem vai atrás de novos modelos nas ruas – não à toa é conhecido como “caça talentos”. A busca ocorre em locais de grande fluxo, como parques, festas e eventos. Inclusive, faz parte do trabalho do profissional realizar a procura em outras cidades e estados.
O uso das redes sociais para compartilhamento de fotos e vídeos pessoais também leva o profissional a abordar potenciais modelos na internet. Isso porque encontrar “new faces” (novos modelos) é uma demanda constante do mercado da moda.
Booker
Responsável pelo planejamento e desenvolvimento da carreira do modelo, o booker realiza tarefas práticas no dia a dia: negociam trabalhos e cachês, agendam os compromissos dos modelos, acompanha-os e são, até mesmo, seus conselheiros.
“Conhecidos como managers (gerentes) da carreira dos modelos, eles trazem grandes marcas, produtos e produtoras para contratarem os modelos da agência. Fazem a apresentação do casting da agência e cuidam para que o modelo certo encontre a campanha certa”, afirma Schneider.
Rotina não faz parte do vocabulário
O trabalho nesta área é dinâmico. Atender empresas de diversos portes, modelos com diferentes perfis e muita correria fazem parte do cotidiano. Ainda que fama e ostentação não sejam garantia, no universo da moda, alguns clichês de fato se mantêm.
As funções variam e por vezes se misturam. No caso do agenciador, ao identificar um possível candidato, o profissional agenda uma reunião para não só examinar medidas como também entender o nível de desinibição e personalidade do modelo.
Ao longo do dia, se há ensaios a serem realizados pela própria agência, tudo é programado. Uma equipe composta por fotógrafo, maquiador e stylist executa o ofício dentro de um estúdio.
A estrutura das agências de modelos também funciona para aprimorar as qualidades do agenciado, o que pode ocorrer com a oferta de cursos aos iniciantes. Entre as novas exigências, o mercado da moda está atento aos que possuem desenvoltura em vídeo e são capazes de cativar por meio das redes sociais. Muito além de um local de negociação de cachês, as agências são um suporte contínuo para modelos e o desempenho dos mesmos.
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