A greve geral promovida pelas centrais sindicais na sexta-feira, 28 de abril, contra as reformas da Previdência e trabalhista previstas no pacote de medidas lançadas pelo governo de Michel Temer, atingiu 25 estados brasileiros e o Distrito Federal. A paralisação contou com aderência de diversas categorias, atingindo atividades de transporte, educação, comércio, saúde, segurança e bancos. O movimento ganhou a atenção da imprensa nacional, pautando capas de diversos impressos por todo o país.
Com objetivo de mostrar como os grandes jornais de diversos estados cobriram as manifestações contra as reformas, a reportagem do Portal Comunique-se reuniu as capas veiculadas nos dias 28 e 29 de abril – o dia da greve e o seguinte ao movimento – por 15 grandes impressos brasileiros. Confira:
No dia da greve, a manchete do jornal O Estado de S. Paulo priorizava o tema político, focando na possibilidade de o número de partidos cair nas eleições de 2018. A paralisação – já prevista e anunciada durante a semana – ganhou espaço em tom de serviço na chamada: “Greve deve atingir todos os Estados. Categorias como professores, metroviários e motoristas vão parar em protesto contra reformas”.
No sábado, 29, o Estadão confirmou a previsão, informando que o movimento afetou “transporte e comércio” e terminou “com atos de vandalismo”. Na linha fina, o jornal destacou a disparidade entre a avaliação feita pelas centrais sindicais – que disseram que a greve foi a maior da história do país – e do governo federal, que afirmou que o movimento foi menor do que o esperado e não afetará as reformas.
A capa do jornal paulistano no dia 28 trouxe manchete sobre os salários dos servidores do Ministério Público. Com menor destaque, foi informado o que iria parar por causa da greve, em texto com o título “País tem greve geral e atos contra reformas”. No dia seguinte, a chamada principal foi: “Greve atinge transportes e escolas em dia de confronto”. O veículo avaliou que “atos de rua contra reformas de Temer foram pontuais” e informou que, apesar da previsão de greve, os aeroportos funcionaram normalmente.
Em 28 de abril, o impresso da Infoglobo falou sobre a alegação do ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, sobre caixa 2. A greve foi noticiada em letras menores, sendo informado apenas que a paralisação afetaria o transporte carioca. A manchete do veículo no dia seguinte ao movimento também focou no transporte e informou sobre a violência durante as manifestações.
Sérgio Cabral também foi destaque na edição do Extra veiculada na sexta-feira, 28. A greve foi informada timidamente, sem confirmação, em meio a outras chamadas. No sábado, 29, a maior parte da capa do jornal foi dedicada aos protestos realizados no Rio de Janeiro. “Greve geral tem adesão pequena no país. No Rio, houve manifestações pacíficas e quebra-quebra”, informou o veículo.
Na data da paralisação, o Estado de Minas focou sua edição na decisão do STF de que servidores públicos que acumulam cargos podem ganhar acima da barreira salarial. A greve geral ganhou pequeno espaço, com a informação de que o país pararia. Após as manifestações contra as reformas, o jornal preparou especial, com oito entrevistas: quatro realizadas com pessoas que aderiram à greve e outras quatro com pessoas que não pararam durante os protestos.
A chamada “Renan ameaça mudar reforma trabalhista” foi o tema do jornal O Tempo no dia em que a greve foi realizada. O veículo informou, também, que os sindicatos agendaram atos em 26 estados. O impresso mineiro foi o único a não priorizar as manifestações na edição de sábado, 29, falando sobre a “Cidade Administrativa” de Minas Gerais em sua pauta principal. Apesar disso, a paralisação foi abordada com algumas chamadas sobre a avaliação de Temer sobre a greve, a falta de transportes e os confrontos com a PM no Rio e em São Paulo.
Na edição de sexta-feira, 28, o jornal do Distrito Federal priorizou a decisão do Supremo Tribunal Federal, de permitir que servidores ganhem acima do teto. Abaixo da chamada, imagem de soldador do Exército e da Força Nacional reforçando a segurança na Esplanada dos Ministérios, acompanhada da informação de que mais de 10 mil pessoas eram esperadas na manifestação contra as reforças trabalhista e previdenciária. O jornal também citou a paralisação do transporte na cidade.
Em letras garrafais, o Correio Braziliense anunciou no dia seguinte aos atos: “Greve afeta transporte e termina em vandalismo”. Na imagem da capa, um manifestante próximo a alguns carros pegando fogo. Logo abaixo, texto sobre os protestos que tomaram conta do país.
O problema carcerário em presídios de Goiânia foi o tema da capa do jornal O Popular no dia da greve. A manifestação contra as medidas do governo Temer foi falada em letras menores, com foco na possibilidade de atraso na agenda do presidente por causa dos atos. A edição seguinte trouxe destaque aos protestos e conflitos.
“E agora? Paralisações convocadas pelas centrais sindicais contra reforma trabalhista e da previdência afetaram a rotina em várias cidades do País por causa da interrupção do transporte. Avaliações são divergentes, mas boa parte dos analistas prevê baixo impacto”, declarou o veículo.
A greve pautou as edições de sexta e sábado no Diário de Pernambuco. Na data da paralisação, o veículo trouxe a manchete “O país vai parar”, com informações sobre 40 categorias profissionais que aderiram ao ato. No dia seguinte, a superedição do fim de semana informou que milhares foram às ruas contra as reformas.
“As ruas do centro do Recife mais pareciam um dia de feriado até que, no início da tarde, foram tomadas por milhares de pessoas que saíram para protestar contra as reformas trabalhista e previdenciária. Mais de 200 cidades do país participaram da greve geral convocada por movimentos sindicais e sociais. Em São Paulo e no Rio de Janeiro, foram registrados confrontos com a PM”, destacou o jornal.
O dia de paralisação também pautou as duas últimas edições da semana passada do Diário do Nordeste. Em 28 de abril, a informação principal era de que, apesar da greve, o setor produtivo funcionaria normalmente. Na data seguinte, o tema central foram os protestos e a violência nas ruas.
“Milhares de pessoas saíram às ruas, ontem, em Fortaleza, em dia de paralisação contra as reformas do governo Temer. Apesar disso, o comércio e o sistema de transportes funcionaram parcialmente. Houve manifestação ordeira e também atos de vandalismo. Veja como foi o dia de greve em todo o País e a repercussão política”, informou o jornal.
Uma pesquisa do Serasa sobre consumo na Bahia foi tema principal do Jornal Correio na data da greve. O ato contra as reformas foi abordado em caráter informativo, falando sobre o que iria ou não funcionar no estado. No sábado, 29, o veículo falou sobre os dois lados da greve geral: “Ruas vazias e clima de feriado em Salvador. Confronto e vandalismo no Rio e São Paulo”.
A manchete do impresso O Povo na sexta-feira, 28, falou sobre o plano do Governo de construir presídio de segurança máxima no Ceará. Sobre a greve, o jornal anunciou de forma tímida os serviços que não funcionariam na data. Após o dia de paralisação, a manchete anunciou em letras garrafais: “Temer enfrenta maior protesto e diz que manterá reformas”. Em pequenas chamadas, foram abordados temas como vandalismo, falta de transporte e adesão nacional ao ato.
A reforma trabalhista foi tema da capa do Correio do Povo, mas pelo recorte de que “mudanças fortalecem os acordos individuais”. A greve ganhou uma linha, onde foi anunciada paralisação de vários setores durante a sexta-feira. O dia de protestos ganhou foco na manchete da edição de sábado, 29. “Manifestação contra reformas trabalhista e da previdência reúne multidões no RS e no país”, informou o veículo.
Diretamente de Curitiba, a Gazeta do Povo noticiou “O dia da pressão”, na data da greve. Os posicionamentos dos sindicatos e da oposição foram destaques da edição, com informações sobre o transporte urbano e aeroviário, e a tentativa da prefeitura local de conter a adesão ao movimento.
No dia seguinte, com a manchete “Por que parou?”, o jornal paranaense afirmou: “Foi a maior greve deste século no país – e mesmo assim, parece ter sido um fracasso em termos de participação popular, porque falhou em atrair a simpatia dos brasileiros. É a cara do Brasil polarizado pelas reformas”. O veículo ainda publicou editorial abordando os problemas da Previdência e das leis trabalhistas.
As mudanças na Previdência foram tema da edição da Zero Hora de sexta-feira, 28. O jornal afirmou que “apesar de ter garantido vitória nas mudanças trabalhistas, resultado na Câmara não assegura aprovação de alterações na Previdência” e deu informações sobre os serviços afetados pela paralisação. O impresso dedicou a capa de sua edição de fim de semana à greve, declarando que o movimento teve avaliações opostas.
“Vagner Freitas, presidente da CUT, afirmou ter sido ‘a maior greve geral da classe trabalhadora’, com grande apoio da população nas ruas. No governo, o discurso é de manutenção das reformas. Para Osmar Serraglio, ministro da Justiça, a movimentação foi ‘um fracasso, muito restrita’”, informou o jornal.
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