Uma pesquisa realizada pela Fundação Tide Setubal em parceria com o Instituto Sivis, divulgada no segundo semestre de 2022, mostrou, entre outros pontos, que ter um programa de compliance eficiente e estabelecer práticas de governança, social e ambiental (ESG) são os pilares das organizações modernas e que querem crescer com sustentabilidade.
A pesquisa ouviu 417 empresários brasileiros de todas as regiões do país, 62% deles consideram o compliance e as práticas anticorrupção como as mais importantes de ESG. Empresárias veem o tema com mais importância que os homens: 85,1% contra 72%. A maioria dos pesquisados (74,2%) acredita que práticas ESG são um tema de alta importância para as empresas. Na comparação entre empresários jovens e idosos, há um contingente maior de idosos que considera o tema relevante: são 83,1%. Entre os jovens, esse número cai para 70%.
O setor de Logística é um dos que mais cresce no Brasil e deve apostar em práticas de governança e compliance. Segundo a pesquisa da Transparency Market Research, o mercado de logística mundial atingirá US$ 15.273 bi até 2027, com movimentação de mais de 92 bilhões de toneladas de mercadorias. Especialistas da área afirmam que as empresas que investirem nessas práticas de governança tendem a se destacar.
A compliance officer da Prestex, Elizabete Loz, explica que uma operação logística envolve uma série de questões burocráticas que precisam ser seguidas de forma ágil, transparente e assertiva para que a empresa funcione em conformidade com as leis e suas próprias diretrizes. “Os relacionamentos precisam ser éticos e de confiança para que sejam sustentáveis. Um modelo de compliance bem definido, com um código de ética e conduta implementado com o engajamento de toda a equipe, aumenta a competitividade da cadeia de suprimentos (supply chain), protegendo a empresa, clientes e parceiros de possíveis riscos”, destacou Elizabete Loz.
A especialista também alerta sobre a importância de um canal de escuta totalmente isento e direcionado a colaboradores, clientes e fornecedores. “Este canal de escuta deve ser gerenciado por uma empresa terceirizada, garantindo credibilidade ao sistema e segurança a todos que forem utilizar a ferramenta, orienta Elizabete Loz, da Prestex, empresa de logística emergencial de cargas aéreas, com atuação nacional, e que recentemente lançou seu programa de compliance com um Código de Ética e Conduta.
O Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC) realizou uma pesquisa especificamente sobre compliance – “Panorama dos Programas de Compliance em Empresas de Capital Fechado” que aponta que 35,6% das empresas no Brasil possuem uma área exclusiva de compliance ou, pelo menos, um profissional responsável por cuidar dessa área.
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