São Paulo 27/4/2020 – “A telemedicina veio para complementar e ajudar tanto os profissionais da saúde, como os próprios pacientes trazendo conforto e comodidade “
O mantra do momento é: “Fique em casa!” Mesmo com a possibilidade de algum relaxamento na quarentena em alguns estados, o diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, alertou que ainda haverá um longo caminho a percorrer.
E como ficam, principalmente, os pacientes com doenças crônicas e mobilidade reduzida? Por outro lado, muitos médicos, por causa da quarentena, fecharam seus consultórios, mas não podem deixar de atender seus pacientes.
É nesse cenário que a telemedicina tem tido destaque. Além de ter sido regulamentada pelo Ministério da Saúde, a modalidade também pode ser paga pelos convênios, como determinou a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
A analista de marketing Amanda Sayuri Osako, da cidade de São Paulo, estava muito preocupada com sua mãe Marly Atsuko Osako dos Santos, 58 anos, que está no grupo de risco por ser diabética.
“Minha mãe não podia sair de casa e eu não poderia ir até ela, pois moramos em cidades diferentes. Estava angustiada por não ter como ajudar. Até que tive a ideia de procurar atendimento on-line”, relata.
Marly estava com fortes dores no nervo ciático e precisava saber qual medicamento tomar. Foi pela consulta remota que Marly pode ser medicada, sem a necessidade de ir ao pronto socorro. “A consulta foi muito eficaz, resolveu meu problema e não tive a necessidade de sair de casa. Gostei muito do novo método”, contou.
A diferença entre uma consulta feita por aplicativos de celular ou mesmo via e-mail e uma plataforma de telemedicina é que na plataforma o médico também gera um prontuário eletrônico, onde pode anotar os sintomas e os medicamentos receitados.
“Assim temos o histórico de saúde do paciente. No futuro, se essa pessoa vier a apresentar outras enfermidades, temos em um organizado em um mesmo espaço, todos os sintomas já apresentados, medicamentos já tomados, o que ajuda numa possível avaliação e tratamento”, comenta o Dr. Marcelo Santoni, médico e idealizador da plataforma de telemedicina Mymedi, que foi colocada gratuitamente aos médicos, clínicas e hospitais durante o período de pandemia.
Mas e a segurança dos pacientes? Se os dados estão on-line elas são preservadas? “Todos os dados do paciente são mantidos em segurança, respeitando a confidencialidade médico-paciente. Isso porque a plataforma é criptografada e com rígidas normas de segurança digital, justamente para garantir essa privacidade”, salienta Marcelo.
Outro usuário da telemedicina é o Dr. Gustavo Henrique Lima, clínico geral e especialista em medicina do trabalho na cidade de Sorocaba, interior de São Paulo. Ele diz que procurou a plataforma para manter o atendimento aos seus pacientes nesse período de Covid-19.
“Foi a forma que encontrei de continuar os atendimentos respeitando a quarentena. Muitos de meus pacientes precisam de acompanhamento e a telemedicina facilita o atendimento sem a necessidade de contato físico, principalmente nos casos de patologias simples”, explica.
Para o Dr. Lima, a consulta on-line é uma modalidade que veio para ficar e já mostrou que é eficaz.
“A telemedicina veio para complementar e ajudar tanto os profissionais da saúde, como os próprios pacientes trazendo conforto e comodidade para quem passa por um atendimento on-line. Claro que nada substitui o atendimento presencial, mas pela telemedicina eu já consigo resolver muitas coisas, como renovar uma receita ou uma orientação médica. Mas se eu perceber que o paciente precisa de um exame físico mais detalhado, a consulta é agendada imediatamente”.
O médico aponta ainda, que os pacientes estão gostando muito da telemedicina.
“Os pacientes que estou acompanhando estão gostando muito do atendimento. A assistência on-line, permite que o seja atendido pelo médico sem sair de casa, receba a receita médica digital, envie para a farmácia que ele quiser e solicite a entrega do medicamento em sua residência. Ou seja, ele passou em consulta, pegou a receita, encaminhou à farmácia e recebeu o remédio sem precisar se deslocar”, enumera.
Já a endocrinologista, Dra. Isabela de Mendonça Vaz conta que seu consultório teve de ser fechado parcialmente, pois a maioria de seus pacientes está no grupo de risco.
“O momento é delicado pois boa parte dos pacientes portadores de diabetes apresentam outras comorbidades como hipertensão arterial, cardiopatias, além da idade mais avançada”, explica.
Para a médica, a telemedicina tem sido uma ferramenta essencial neste momento que exige distanciamento social.
“Ao utilizar o atendimento remoto eu consigo tirar dúvidas dos pacientes relacionadas ou não a pandemia do Covid-19, avaliar resultados de exames, renovar receitas dos medicamentos de uso contínuo através de prontuários que possuam certificação digital, e orientar a manter os cuidados com alimentação e a prática de atividade física”, comenta.
Dra. Isabela ainda ressalta que o teleatendimento também proporciona um importante apoio psicológico ao paciente, pois possibilita dirimir dúvidas e aliviar possíveis angústias.
Para o médico e um dos idealizadores da Mymedi, Dr. Paulo Lázaro, o auxílio da nova tecnologia possibilita, além do contato com o paciente na sala de consultório virtual, arquivar os exames e acompanhar a evolução dos pacientes.
“Outra vantagem da plataforma é que além de prescrever exames e medicamentos, o médico ainda pode fornecer atestados”, explica.
Segundo Dr. Lázaro, a telemedicina, mesmo depois da pandemia, é uma modalidade que vai continuar beneficiando pacientes com mobilidade reduzida e com doenças crônicas.
Website: https://mymedi.com.br/