Mesmo com o avanço da era digital, o Brasil tem ganhado cada vez mais notoriedade no consumo de livros em toda a América Latina, principalmente, nesses últimos dois anos. É o que mostra o relatório da PwC Brasil de dezembro de 2022, que traz dados precisos que relatam o hábito de leitura do público brasileiro.
De acordo com essa análise, entre 2022 e 2026, o Brasil deve apresentar uma taxa de crescimento anual (CAGR), de consumo de livros de 2,5%, enquanto aponta apenas 1,2% com relação aos demais países do mundo todo.
Para a PwC, os livros produzidos na versão impressa devem apontar um crescimento de 2,4%, atingindo uma margem de US$ 475 milhões até 2026. Enquanto os livros nas versões e-books, têm uma previsão de aumento com a CAGR de 3,0%, atingindo um faturamento médio de US$ 38 milhões em 2026.
Essa pesquisa afirma que até 2026 o país alcançará uma média de US$ 513 milhões e que, atualmente, os livros impressos representam 92,8% da receita anual, enquanto os e-books são responsáveis apenas por 7,2% da receita.
Outro dado positivo é com relação ao faturamento de livros. Um relatório feito no início deste ano, pela Nielsen BookData chamado 2º Painel de Varejo de Livros no Brasil, constatou que, de 29 de janeiro a 25 de fevereiro de 2024, o setor de Livros teve uma alta no faturamento de 12,47% quando comparado ao mesmo período do ano passado. Em faturamento, o país teve um aumento de R$ 219,19 milhões contra R$ 194,88 milhões de 2023.
Segundo a Câmara Brasileira do Livro (CBL), as editoras independentes representam 25% do mercado editorial brasileiro, o qual trouxe um faturamento de R$ 1,4 bilhão em 2019. E a impressão de livros sob demanda também está em alta. De acordo com a Technavio, o mercado global de livros sob demanda deve aumentar em torno de 9,8% até o final deste ano, alcançando um faturamento de US$ 4,1 bilhões.
E a gráfica online brasileira localizada em São Paulo, a GIV Online, especializada na impressão de livros sob demanda, confirma positivamente os dados dessas pesquisas, ao relatar o aumento da procura por livros personalizados de forma gradativa já neste primeiro semestre.
“Nesse último semestre percebemos um aumento de 2,9% na produção de livros de produção independente. E a nossa expectativa é que chegue até 5% no aumento do volume de impressão até dezembro deste ano”, afirma Victor Nakamura, coordenador da GIV Online.
Outra pesquisa feita pela Nielsen Book, O Panorama do Consumo de Livros, feita no final do ano passado, constatou que no Brasil há cerca de 25 milhões de consumidores de livros. Os dados também mostram que cerca de 74% teve o interesse de comprar livros até março deste ano e 69% compraram até 5 livros nos últimos 12 meses. Essa análise da Nielsen também constatou que 54% dos leitores de livros compraram os tradicionais livros impressos e apenas 15% adquiriram livros digitais.
Mediante a esses dados apresentados, Victor da GIV Online afirma que o aumento do volume de impressão de livros fez com que a gráfica inovasse na tecnologia para atender prazos mais curtos na entrega, quando comparado às demais gráficas especializadas na produção desse impresso. E o mesmo também acredita que a alternativa de uma produção independente pode despertar o interesse de futuros escritores em potencial e impactar ainda mais no volume de produção nos próximos dois anos.
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