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Consumo pós-covid: brasileiros devem diminuir ida às lojas físicas na Black Friday e no Natal, revela pesquisa

Segundo o Holiday Consumer Survey 2020, quase 40% dos ouvidos no país se dizem preocupados em visitar pontos de venda físicos por causa da pandemia

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São Paulo 25/11/2020 –

A pandemia deve impactar o comportamento de consumo de fim de ano no Brasil. É o que aponta o Holiday Consumer Survey 2020, pesquisa online realizada pela Sensormatic Solutions na América Latina (Brasil, Chile, Colômbia e México) que contou com a participação de 400 respondentes no país.

Segundo o levantamento, 32,1% dos brasileiros afirmam que vão visitar menos lojas físicas neste ano do que em 2019 durante a Black Friday, que ocorre no próximo dia 27 de novembro. Já 31,6% diz não planejar a ida aos pontos de vendas físicos na data.

Somente 12,7% deve manter o número de pontos comerciais visitados no ano passado, enquanto 7% afirma pretender aumentar a quantidade de lojas na ocasião. Em 2019, 66,7% dos entrevistados brasileiros realizaram compras presenciais na temporada de descontos.

Considerando a atual situação da pandemia, 39,8% dos brasileiros afirmaram estar preocupados com a ida às lojas físicas, enquanto 32,6% se dizem muito preocupados. Por outro lado, apenas 5,7% revelaram se sentir despreocupados.

Nesse cenário, as compras online, com recebimento dos produtos em casa, surgem como forte tendência para o Natal. Segundo o Holiday Consumer Survey 2020, 69,9% dos entrevistados vão apostar na modalidade para as compras da data. Ainda de acordo com o estudo, 44,3% dos ouvidos no país devem iniciar as compras de Natal no mês de novembro.

“À medida que os varejistas enfrentam uma nova realidade por causa da Covid-19, acreditamos que a indústria precisa começar a restaurar a confiança do consumidor, e isso começa por ajudar a garantir que a loja seja um ambiente seguro”, analisa Bjoern Petersen, presidente da Sensormatic Solutions. Segundo ele, no entanto, “as perspectivas para a temporada de fim de ano continuam positivas.”

A pesquisa em outros países da América Latina

Realizada por meio de entrevista individual online e questionário estruturado, com uma amostra total de 1.600 participantes no Brasil, Chile, Colômbia e México, a pesquisa coletou amostras nas 4 principais cidades de cada país.

– 50,9% dos entrevistados ouvidos em todos os países esperam efetuar suas compras de fim de ano em novembro. Destacam-se México, com 56%, e a Colômbia, com 55,9%, com maior concentração de intenção de compra no mês. Para dezembro, o índice geral é 23,5% entre os países; destacam-se o Brasil, com 28,6%, e o Chile, com 26,7%.

– Os parâmetros de distanciamento social geram um impacto significativo nas visitas às lojas para a temporada 2020. De todos os ouvidos nos quatro países, 39,4% pretendem visitar menos lojas, enquanto 23,8% pretendem não ir. A maior redução total é encontrada no Chile, com 68%, e no Brasil, com 64%.

– As compras online, com recebimento em casa, são a modalidade que tende a ser mais utilizada nesta temporada, com média geral de 65,4%. Brasil e Chile lideram a tendência.

– As compras online com retirada em loja aparecem com média de 33,3% de intenção de uso entre os países. No Chile, o índice chega a 44,6%.

– As compras por catálogo estão em baixa, com média global de 14%.

– É evidente que a ida às lojas físicas é um elemento que preocupa uma elevada percentagem da população dos países analisados, com total de 24,5% muito preocupada e 44,3% preocupada, para um indicador de incerteza de 68,8%. A alta preocupação é mais acentuada no Brasil com 32,6%, enquanto a neutralidade se destaca no México, com 31,4%.

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Anderson Scardoelli

Jornalista "nativo digital" e especializado em SEO. Natural de São Caetano do Sul (SP) e criado em Sapopemba, distrito da zona lesta da capital paulista. Formado em jornalismo pela Universidade Nove de Julho (Uninove) e com especialização em jornalismo digital pela ESPM. Trabalhou de forma ininterrupta no Grupo Comunique-se durante 11 anos, período em que foi de estagiário de pesquisa a editor sênior. Em maio de 2020, deixou a empresa para ser repórter do site da Revista Oeste. Após dez meses fora, voltou ao Comunique-se como editor-chefe, cargo que ocupou até abril de 2022.

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