A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou dados alarmantes sobre a contaminação ambiental: estima-se 9 milhões de mortes prematuras por ano devido à exposição a poluentes.
O ar, água e solo contaminados têm sido associados a um aumento significativo de doenças respiratórias, cardiovasculares e neurológicas. A urgência em enfrentar essa ameaça global à saúde pública torna-se cada vez mais evidente.
De acordo com o endereço eletrônico da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), a contaminação se classifica como a “introdução de um agente indesejável em um meio previamente não contaminado” (ACIESP, 1987);
Segundo Group of Experts on the Scientific Aspects Of Marine Environmental Protection (GESAMP), a contaminação ambiental é definida como “poluição quando atinge níveis que causam efeitos deletérios na saúde humana, ou efeitos prejudiciais nos organismos vivos”. Enquanto isso, os poluentes são “qualquer substância ou energia que, lançada ao meio ambiente, interfere no funcionamento de parte ou de todo o ecossistema” (ACIESP, 1987).
Em síntese, a contaminação ambiental se verifica quando os níveis de uma substância específica excedem os valores tidos como “naturais”. A poluição, por sua vez, abarca todas as modificações na configuração do ambiente, incluindo alterações no odor, na temperatura e na estrutura, que impactam negativamente a fertilidade do solo e ocasionam danos ao meio ambiente.
Contaminação do Solo
Substâncias químicas inseridas no solo por deposição ou vazamentos podem causar destruição dessas áreas. Metais como chumbo, cádmio, mercúrio, cromo, arsênio, além de fertilizantes e pesticidas, são alguns dos elementos que podem provocar danos à superfície terrestre. A utilização inadequada dessas substâncias pode gerar desequilíbrios irreversíveis para o solo.
Um exemplo disso é o despejo de esgoto nos terrenos, o que também é responsável pela contaminação dos solos. No Brasil, aproximadamente 35 milhões de brasileiros não possuem acesso à água potável, e cerca de 100 milhões não contam com serviços de coleta de esgoto no país, de acordo com a Agência Brasil.
Esses dados geram consequências para o meio ambiente e a sociedade, tais como desequilíbrio ecológico, problemas de saúde pública, liberação de gases poluentes e entupimento de encanamentos. Além disso, acarretam problemas erosivos, como esgotamento do solo, desertificação, exaustão da região, desmoronamentos e escorregamentos.
A agropecuária e os cuidados com a terra
Uma área que demanda cuidado em relação ao solo e a contaminação dessas terras é a produção agropecuária. Houve um aumento da tecnologia e o desenvolvimento da atividade como a monocultura, o que impacta ambientalmente ao empobrecer o solo e retira o poder de recomposição da terra. Essa atividade gera a extração da cobertura vegetal, desequilibrando assim o meio ambiente.
Segundo o endereço eletrônico do Brasil Escola¸ a má gerência das terras também pode provocar consequências para o homem e para a biodiversidade. Mineração e garimpo, o agronegócio, extração da madeira, o desmatamento, incêndios e queimadas, o plantio e pastagem, estão entre alguns dos gargalos ambientais na zona rural.
A Contaminação da Água Superficial e subterrânea
No contexto da agricultura, o não cumprimento dos parâmetros adequados de produção em relação ao meio ambiente pode resultar no esgotamento do solo.
Agricultores frequentemente recorrem ao uso de agrotóxicos e fertilizantes, que alteram a composição química do solo. Tais substâncias podem infiltrar-se nos lençóis freáticos por meio da água, acarretando consequências ampliadas para o meio ambiente.
Já nos aterros sanitários e lixões, a decomposição do lixo origina um líquido conhecido como chorume, o qual possui alta toxicidade para o solo e potencial impacto na saúde humana, uma vez que afeta negativamente os nutrientes do solo.
Um exemplo que ressalta as graves consequências da negligência socioambiental é o desastre ocorrido em Mariana (MG) em 2015. Nessa ocasião, aproximadamente 45 milhões de metros cúbicos de rejeitos de mineração foram lançados no meio ambiente, segundo o MPF, causando a poluição dos cursos d’água da região, que eram fundamentais para a subsistência de muitos moradores.
Medidas como a remediação ambiental, o gerenciamento de resíduos e sua destinação correta, bem como estudos ambientais aplicados à investigação de áreas contaminadas são algumas ações que podem auxiliar na mitigação da contaminação do solo e água.
Contaminação Ambiental e os Riscos à Saúde Humana
A contaminação ambiental é um problema significativo que ameaça a saúde humana. A poluição do ar é responsável por cerca de milhões de mortes prematuras a cada ano. Ademais, segundo Organização Mundial da Saúde (OMS), 92% da população mundial vive em locais onde a qualidade do ar não atende aos padrões estabelecidos.
A contaminação da água também é uma questão importante, com cerca de 2 bilhões de pessoas consumindo água contaminada. As doenças associadas a poluição incluem diarreia, hepatite A e cólera.
Igualmente, o uso excessivo de pesticidas e fertilizantes químicos contaminam o solo e aumentam os riscos de intoxicação em humanos.
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