Nos últimos 20 anos, com uma maior democratização do acesso à educação, o número de pessoas pós graduadas cresceu no país. No Brasil, existem cerca de 30 pessoas com mestrado para cada 100 mil habitantes. O dado é do CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), que afirma também que existem 10 doutores para cada 100 mil habitantes.
Contudo, o país vem observando uma espécie de “fuga intelectual”. Isso quer dizer que vários desses profissionais altamente qualificados, com título mínimo de mestres, estão optando por viver no exterior, em países como os Estados Unidos.
Para Alessandra Crisanto, CEO da Study & Work USA, essa pesquisa demonstra a importância da pós-graduação para aqueles que querem investir em uma carreira no exterior. “Ela mostra que possuir um mestrado ou doutorado pode aumentar significativamente as chances de ser contratado por empresas americanas”.
Áreas técnicas são as que mais empregam
Antes, pensar em imigrar para os Estados Unidos para trabalhar era sinônimo de ocupar posições nos chamados subempregos, ou seja, aqueles cargos que pagam pouco, às vezes não exigem documentação e que exigem muito do trabalhador. Contudo, esse cenário mudou drasticamente.
Com o aumento de profissionais qualificados, o perfil do brasileiro contratado por empresas de fora está bem diferente. Hoje em dia, é maior a contratação de executivos, consultores e outros cargos que exigem um grande conhecimento técnico e/ou acadêmico.
Não à toa, o setor que mais contrata brasileiros é o STEM, sigla em inglês para ciência, tecnologia, engenharia e matemática. São os profissionais de tecnologia da informação, desenvolvedores, pesquisadores e profissionais da saúde, dentre outros.
“Os profissionais brasileiros de STEM têm uma posição privilegiada nesse panorama, pois suas habilidades e conhecimentos são altamente valorizados no mercado de trabalho norte-americano“, destaca Crisanto, que reforça que existem mais de 10 mil cursos STEM, para as mais diversas áreas, inclusive para advogados. “Assim, com a crescente demanda por profissionais qualificados nessas áreas, especialmente nos Estados Unidos, os brasileiros com formação em STEM têm boas oportunidades de encontrar emprego em empresas norte-americanas”.
A chave do sucesso
O primeiro passo para aqueles que desejam uma vaga de emprego nos Estados Unidos é, sem dúvidas, a capacitação profissional. Além de fazer um bacharelado, é essencial dar continuidade aos estudos e investir no mestrado, especializações e, se possível, um doutorado.
Além disso, contar com uma consultoria de carreira internacional de conhecimento e que estreite a relação entre potenciais contratantes e quem está em busca por colocação profissional ajuda bastante.
“O trabalho da consultoria é crucial para conectar esses profissionais às oportunidades de estudo e trabalho nos Estados Unidos. Seu trabalho não só beneficia os indivíduos que ela assiste, mas também ajuda a impulsionar a colaboração internacional e o intercâmbio de conhecimento”, finaliza Alessandra.
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