Articulista-parceira do Portal Comunique-se dá dica preciosa para comunicadores e profissionais de outras áreas: aprender a conviver com a diversidade. Leia o artigo da consultora Lygia Pontes
Recentemente, enquanto ministrava minha palestra sobre a importância do networking e como fazê-lo com eficiência, eu me dei conta que existe um momento que sempre me desperta um sentimento positivo: quando falo que o networking é fundamental para a ampliação do nosso repertório. Nesse momento, é comum eu me lembrar de algum contato que tem me ensinado algo novo. O mais interessante é que percebo que aprendo mais quando falo com alguém que possui uma história de vida, formação, gostos e sonhos diferentes dos meus. Isso deixa clara a importância de nos abrirmos para a diversidade.
No meu trabalho como consultora em felicidade profissional e eficiência, vejo cada vez mais o quanto a diversidade auxilia no desenvolvimento e na conquista dos objetivos profissionais. Mas mesmo antes de ser empreendedora, eu já vivia isso: em uma empresa onde trabalhei, era comum ver a expressão de dúvida dos clientes quando termos técnicos eram usados nas apresentações. Para alguns colegas meus, esse comportamento mostrava despreparo e falta de capacitação dos clientes. Outros, como eu, viam a situação como oportunidade de aprendizado. Afinal, quando conheciam as histórias e experiências dos clientes, conseguiam buscar formas eficientes de compartilhar informações com eles.
Exemplo internacional
Celeste Headlee, que comanda um programa de rádio no Estados Unidos, deixa claro como o convívio com os outros é fundamental para nosso desenvolvimento. Na palestra “Dez regras para conversar melhor”, no TEDxCreativeCoast, ela diz que precisamos entrar em todas as conversas acreditando que temos algo a aprender e que todo mundo é especialista em algo. Com certeza, você tem muitos exemplos de problemas que resolveu a partir de uma troca de ideias ou até se tornou uma pessoa melhor depois de conhecer alguém diferente de você.
Por isso, quando ficamos em uma bolha, apenas com quem se parece com a gente, mostramos que não estamos nos desenvolvendo, que achamos que já sabemos de tudo ou pior, que não temos interesse em evoluirmos. É claro que para alguns, encontrar pessoas com perfis e histórias diferentes pode ser um desafio, mas se quem pode fazer isso der um primeiro passo, com certeza essa conexão vai chegar a todos. Se você se encaixa no segundo grupo, aproveite a oportunidade e caminhe em direção ao novo.