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Covid-19 e as doenças respiratórias: os riscos para quem já se livrou do coronavírus

Segundo Ronaldo Macedo, coordenador do Ambulatório de Doenças Intersticiais Pulmonares do HC da Unicamp, os pacientes estão sujeitos a diversas alterações pulmonares, como por exemplo fibrose pulmonar

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Campinas 23/11/2020 – As pessoas, mesmo depois de se livrarem do vírus, podem ter sequelas respiratórias sérias

Quando surgiu (primeiro na China, na metade de 2019, depois na Europa, no início de 2020, e com força no Brasil a partir de março), a Covid-19 era considerada uma doença respiratória altamente transmissível, mas pouco letal. Não se pensava, à época, que causasse danos a outros órgãos que não os pulmões. Também não se falava sobre possíveis sequelas que pacientes que desenvolviam a forma mais grave da doença, porém sobreviviam, poderiam apresentar. Tudo a respeito era muito novo, inclusive para médicos e cientistas.

Hoje, passado um bom tempo desde a detecção do primeiro caso no Brasil da moléstia (em 26/02, na capital paulista), o conhecimento acumulado sobre a Covid-19, seu patógeno (o Sars-CoV-2) e em especial acerca de prejuízos de longo prazo que a doença pode legar às suas vítimas já é bem extenso.  “As pessoas, mesmo depois de se livrarem dos vírus, podem ter sequelas respiratórias sérias”, explica Ronaldo Macedo, coordenador do Ambulatório de Doenças Intersticiais Pulmonares do HC da Unicamp. Macedo é graduado em medicina pela Faculdade de Ciências Médicas de Campinas, parte integrante da Universidade de Campinas.

“Nos pulmões, quando atingidos pela Covid-19, surge uma pneumonia viral com acometimento dos alvéolos, o que compromete a troca gasosa feita pelo órgão. Em geral a função pulmonar se recupera por completo após a cura. Mas há a possibilidade de acometimentos mais sérios e por vezes permanentes”, explica.

Nos casos moderados e graves há maiores chances de sequelas, tais como:

pulmonares – fibrose pulmonar

vasculares – embolia de pulmão, AVC;

cardíacas – miocardite, pericardite;

de fundo emocional – ansiedade e depressão;

outras – perda persistente do olfato, perda muscular, síndrome de fadiga crônica”.

O Dr. Macedo afirma que diante de quaisquer sintomas da doença é importante buscar o atendimento com profissionais de saúde.

Website: https://drronaldomacedo.com.br/

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Anderson Scardoelli

Jornalista "nativo digital" e especializado em SEO. Natural de São Caetano do Sul (SP) e criado em Sapopemba, distrito da zona lesta da capital paulista. Formado em jornalismo pela Universidade Nove de Julho (Uninove) e com especialização em jornalismo digital pela ESPM. Trabalhou de forma ininterrupta no Grupo Comunique-se durante 11 anos, período em que foi de estagiário de pesquisa a editor sênior. Em maio de 2020, deixou a empresa para ser repórter do site da Revista Oeste. Após dez meses fora, voltou ao Comunique-se como editor-chefe, cargo que ocupou até abril de 2022.

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