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Cresce o número de locações de imóveis no Brasil impulsionadas pelas mudanças legais e tecnológicas

São Paulo, SP 12/5/2021 – Os desafios para encontrar um lugar para morar ou para instalar seu negócio são imensos

Apesar da pandemia da covid-19 causar impactos negativos na economia mundial, o segmento de venda e locação de imóveis registrou crescimento, segundo o Painel do Mercado Imobiliário – PMI. De acordo com os dados, o número de imóveis usados, vendidos ou alugados, registrou um aumento de 52%, em 2020, quando comparado ao desempenho do mercado imobiliário secundário em 2019. Os contratos com esse tipo imóvel somaram cerca de 44.810 operações em 2020, contra 29.435 no ano anterior.

Alugar um imóvel, via de regra, gera um enorme trabalho no processo de escolha, como: pesquisar por imóveis, visitá-los com o corretor, juntar documentos e todo o constrangimento de se pedir para alguém ser fiador, alega Fabiano Dias, graduado em administração de empresas com habilitação em comércio exterior e com curso de Gestão e Negócios.

“Os desafios para encontrar um lugar para morar ou para instalar seu negócio são imensos, mas o que muitas pessoas e também as imobiliárias não sabem é que as mudanças na legislação e o drástico desenvolvimento tecnológico vêm tornando esta tarefa mais rápida e fácil”, informa Fabiano.

Um dos principais fatores de mudança legal, diz o administrador de empresas, foi à inclusão do inciso IX, do Art. 59 na Lei n° 8245/91 (conhecida como lei do inquilinato), que concede despejo em sede liminar quando a locação não contar com nenhuma garantia. Ele lembra que a alteração foi pouco conhecida, tanto por inquilinos como por imobiliárias, que por tradição sempre tiveram uma postura conservadora quanto à fartura de garantias.

“Foi uma sábia decisão do governo, que enxergou uma forma de dar segurança jurídica a proprietários e facilitou a vida dos locatários que não precisam mais passar pelo constrangimento de pedir para que parentes sejam seus fiadores, ou gastar quantias significativas com seguros locação”, afirma Fabiano, sócio-fundador da Dias Real Estate, empresa de administração de patrimônio imobiliário.

O executivo também acrescenta que o volume de negócios aumentou, significativamente, assim que os proprietários passaram a enxergar a locação de imóveis como uma atividade que envolve riscos. “Passamos a enxergar uma lógica bastante simples, mais informação e menos garantias”, completa Dias, com experiência na área de investimentos imobiliários, em gestão de carteira imobiliária, regularização, qualificação de patrimônio, aconselhamento e gestão de patrimônio imobiliário.

De acordo com o site do Google, houve um crescimento considerável, de 2020 para 2021, nas buscas por imobiliárias (+33,2%), classificadas (+30,2%) e incorporadoras (+23,7%). Mas o grande destaque, segundo o site, ficou por conta do termo casas para alugar, o mais procurado do mercado, com um aumento de 668%.

Conforme o especialista, com a pandemia e o isolamento social várias mudanças foram feitas no setor imobiliário, e uma delas foi a utilização da tecnologia e dos sistemas virtuais para visitações de imóveis e assinaturas digitais de contratos, o que tornou os fechamentos de negócios bastante simplificados.

“Cerca de 99% dos meus clientes sequer me conhecia pessoalmente, tal o nível de informatização e virtualização do processo. Temos casos de clientes que assinam contratos estando em outros países, com total segurança jurídica. Ou seja, você não precisa mais ir até um cartório lotado e pedir por autenticação de sua assinatura, uma simples selfie com seu documento já torna seu contrato autentico. As mudanças legais e a utilização das tecnologias, ajudaram muito a impulsionar os negócios”, conclui Fabiano Dias. 

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Anderson Scardoelli

Jornalista "nativo digital" e especializado em SEO. Natural de São Caetano do Sul (SP) e criado em Sapopemba, distrito da zona lesta da capital paulista. Formado em jornalismo pela Universidade Nove de Julho (Uninove) e com especialização em jornalismo digital pela ESPM. Trabalhou de forma ininterrupta no Grupo Comunique-se durante 11 anos, período em que foi de estagiário de pesquisa a editor sênior. Em maio de 2020, deixou a empresa para ser repórter do site da Revista Oeste. Após dez meses fora, voltou ao Comunique-se como editor-chefe, cargo que ocupou até abril de 2022.

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