São Paulo 19/11/2020 –
As tecnologias modernas remodelaram a forma com que as pessoas se comunicam. Com o avanço da Web 2.0, que é um termo usado para designar uma segunda geração de comunidades e serviços oferecidos na internet, por meio de aplicativos baseados em redes sociais e tecnologia da informação, a comunicação online ficou muito mais interativa. Ferramentas que antes eram consideradas de ponta, agora se tornaram comuns e têm novos concorrentes em seus calcanhares.
O Mapa do Ensino Superior no Brasil 2020 mostra que as matrículas em cursos a distância registraram um crescimento de 145% entre 2009 e 2018, tendo como principais fatores o preço e a flexibilidade, ou seja, a possibilidade de conciliar os estudos com outras atividades. Outro dado que impressiona é o fato de 76% dos adultos entre 26 e 40 anos preferirem cursos a distância, segundo a Associação Brasileira de Educação a Distância (ABED). Estima-se que são mais de 9 milhões de alunos na modalidade digital.
Considerando apenas o Brasil, uma pesquisa da FGV revelou que são 234 milhões de smartphones em uso no Brasil (dados de 2020). Ao adicionar notebooks e tablets, são 342 milhões de dispositivos portáteis em junho de 2020, ou seja, 1,6 dispositivo portátil por habitante.
“A ascensão dessas ferramentas trouxe uma das mudanças mais fundamentais da última década: o crescimento da aprendizagem remota. Existem inúmeras definições de aprendizagem remota, a maioria das quais contendo algum tipo de tecnologia. No entanto, a prática é implementada de forma diferente dependendo da instituição ou da plataforma usada. Geralmente, a tecnologia é usada para facilitar a interação de uma ou duas vias em uma plataforma que fornece conteúdo educacional. E embora o conceito de “ensino a distância” já exista há muito tempo, e experimentado um boom nos anos 90, apenas há pouco tempo com o avanço da tecnologia online é que chegamos a um ponto onde a metodologia está sendo implementada com grande sucesso”, afirma Eline Cavalcanti, Diretora de Soluções da D2L.
A executiva pontua também que, à medida que a crise climática global e as pandemias de saúde ameaçam a continuidade da educação, a aprendizagem remota tornou-se ainda mais relevante. “Ao utilizar a tecnologia, escolas, universidades e corporações podem minimizar as interrupções na educação e na capacitação em tempos incertos, como a atual crise do COVID-19”.
Personalizando experiências de aprendizagem
A abordagem única para cada aluno tem dominado o aprendizado há muito anos, mas especialistas afirmam que é hora de mudar. As pessoas têm estilos de aprendizagem variados, que mudam dependendo da natureza do conteúdo que estão tentando absorver. Somado a isso, o uso de dispositivos móveis diariamente colabora para o perfil do novo aluno.
“Em todo o mundo, o desejo de uma maior mobilidade é mais significativo do que nunca, e isso também mudará a maneira como aprendemos. A aprendizagem online remove as restrições de um ambiente educacional típico. A necessidade de estar no campus em uma hora específica do dia, e permanecer lá durante o tempo de inúmeras aulas está se tornando coisa do passado. Isso fornece para as pessoas a flexibilidade de serem capazes de aprender onde quer que estejam, em casa, no campus ou onde elas aprendem melhor, e a qualquer momento que desejarem. O avanço da tecnologia móvel resultou na criação de plataformas de aprendizagem que podem caber na palma da sua mão”, explica Eline Cavalcanti.
No mundo do treinamento corporativo, empresas de todo o mundo, sejam startups, PMEs ou MNCs, estão experimentando uma necessidade urgente de melhorar as habilidades de seus profissionais para se manterem à frente da concorrência e lidarem com as circunstâncias voláteis e complexas da pandemia do coronavírus e suas repercussões na economia mundial. À medida que a pandemia forçou as empresas a acelerarem sua transição digital e adotarem novos modelos, as empresas buscam expandir rapidamente suas oportunidades de treinamento para manter seus funcionários atualizados.
“A verdade é que, com o avanço da tecnologia, estamos em uma posição melhor do que nunca para fornecer uma educação holística e de alta qualidade, de maneiras que excedem as fronteiras das salas de aula tradicionais e físicas. Para acompanhar as demandas de um mundo em constante e rápida mudança, para garantir a continuidade da educação e se preparar para futuras interrupções e adversidades, é importante olhar para a aprendizagem remota como mais do que apenas uma medida alternativa para os dias atuais”, finaliza Eline Cavalcanti.