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Crises mundiais exigem solidariedade, conhecimento e ações rápidas

Até os analistas mais experientes não conseguem prever o que está por vir de maneira segura. Mas é possível, de alguma forma, trabalhar alguns pontos internos para apoiar qualquer empresa a funcionar bem durante esse período.

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São Paulo – SP 17/4/2020 – O momento é de garantir que os colaboradores estejam aptos a trabalhar a distância e continuar produzindo resultados em home office.

Neste exato momento, muitas empresas estão pensando em estratégias para enfrentar esta crise que chegou de forma inesperada e assolou o mundo. O contexto ficou mais dramático porque afetou a sociedade civil e a economia simultaneamente.

Impactou também, neste mesmo período, nos modelos de trabalho, já que a recomendação de ficar em casa trouxe uma nova realidade até para quem estava acostumado ao home office. É possível constatar que há profissionais sem estrutura, conhecimento e até mesmo habilidades para produzirem resultados no ambiente domiciliar. De fato, esta é a hora em que todos precisam se solidarizar e unir forças numa única direção, munidos de esperança e determinação.

Crises globais vêm marcando a história da humanidade na economia desde a década de 20. Crises inesperadas mudam a direção da vida e da economia global. Vale aqui uma reflexão sobre as turbulências superadas pelo mercado em alguns dos piores períodos de desespero no mundo e posteriormente de recuperação.

Ocorrida há quase um século, a crise de 1929 ainda é lembrada por seus efeitos. Alguns anos após a Primeira Guerra Mundial, os EUA estavam com os estoques em alta e os preços em queda, o que levou várias empresas a falirem e desencadeou a queda das ações da Bolsa de Valores de Nova York. O PIB mundial despencou 15% e a recuperação veio cerca de três anos depois, quando foram adotadas medidas de não intervenção do governo na economia, apoio aos trabalhadores, criação de seguro-desemprego e uma calibragem no controle das produções agrícola e industrial, de acordo com os níveis de consumo da população. O PIB melhorou, mas o desemprego continuou forte.

Mais recentemente, em 2008, os juros estavam baixos e o crédito sorria abundante no mercado norte-americano. Grande parte da população passou a investir em outros imóveis, assumindo um alto risco, pois muitos não tinham condições de honrar dívidas. O estopim de todo o cenário foi o crescimento da inflação do país e, como consequência, o governo aumentou a taxa de juros, desacelerando a economia e desvalorizando os imóveis. O plano de socorro do governo exigiu a injeção de US$ 700 bilhões. Nos anos seguintes, os Estados Unidos iniciaram um processo de retirada dos estímulos implantados naquele período. O dólar ficou mais forte e a economia cresceu.

Já no Brasil, uma crise mais recente bateu à porta entre 2014 e 2016. O PIB recuou 3,6% em 2016 (IBGE). Pela primeira vez, todos os setores se contraíram. A crise derrubou o valor dos produtos de commodities, o que afetou diretamente as exportações brasileiras. As indústrias se viram obrigadas a demitir em massa e o desemprego chegou a 13,7%, derrubando a capacidade de consumo das famílias. De 2014 a 2016, a economia brasileira continua colhendo sucessivos déficits nas contas públicas.

Trazendo à situação atual, 2020 já começou em meio à pandemia por COVID-19, publicada pela OMS (Organização Mundial de Saúde) em 11 de março. Nesse cenário, existem alguns impactos possíveis, segundo o Ministério da Economia: o Brasil pode vir a reduzir as exportações, principalmente à China; ver o preço de commodities cair e ter os termos de troca piorados; interromper a cadeia produtiva de alguns setores; derrubar os preços de ativos e piorar as condições financeiras.

Até os analistas mais experientes não conseguem prever o que está por vir de maneira segura. Mas é possível, de alguma forma, trabalhar alguns pontos internos para apoiar qualquer empresa a funcionar bem durante esse período.

Mais do que a corriqueira preocupação com suprimentos, produção e faturamento, o momento é de garantir que os colaboradores estejam aptos a trabalhar a distância e continuar produzindo resultados em home office. Com uma execução disciplinada e uma gestão ativa, é possível acertar as arestas nesse sentido e manter o foco integrando as operações no campo e a equipe de suporte.

Acima de tudo, um sistema de gestão de crise a distância pode e deve ser implantado para direcionar a companhia nesse momento. Todo o corpo diretivo deve se reunir virtualmente para analisar essas direções, além de esmiuçar relatórios eficazes que tragam as respostas que a companhia precisa controladas em intervalos curtos.

Com pulso firme, planejamento, gestão e, acima de tudo, empatia, essa crise será superada por todos.

Francisco Loureiro
Presidente da Proudfoot Brasil

Website: https://proudfoot.com.br

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Anderson Scardoelli

Jornalista "nativo digital" e especializado em SEO. Natural de São Caetano do Sul (SP) e criado em Sapopemba, distrito da zona lesta da capital paulista. Formado em jornalismo pela Universidade Nove de Julho (Uninove) e com especialização em jornalismo digital pela ESPM. Trabalhou de forma ininterrupta no Grupo Comunique-se durante 11 anos, período em que foi de estagiário de pesquisa a editor sênior. Em maio de 2020, deixou a empresa para ser repórter do site da Revista Oeste. Após dez meses fora, voltou ao Comunique-se como editor-chefe, cargo que ocupou até abril de 2022.

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