Nos últimos anos, o conceito da “cultura maker” vem ganhando notoriedade na área de educação, que está atenta a novas formas de ensinar e amplificar a aprendizagem. De um modo geral, os estudantes são convidados a colocar a mão na massa, aprendendo enquanto executam tarefas. E já existem exemplos de relevância no estado de São Paulo.
O conceito de cultura maker visa oferecer oportunidades para o público aprender na prática. No local específico, que pode ser uma sala de aula ou um laboratório, os participantes são incentivados a trabalhar a criatividade por meio da aplicação de atividades e de projetos interdisciplinares com uso de tecnologia, objetos recicláveis e empreendedorismo.
O movimento maker surgiu em 2005 com o lançamento da revista Make Magazine por Dale Dougherty, a primeira publicação especializada, e também com a criação de um evento anual chamado Maker Faire nos Estados Unidos. No Brasil, a modalidade também começou a ser implantada no meio acadêmico.
Recentemente, esse universo motivou a pesquisadora Bruna Braga de Paula a investigar essa esfera em escolas públicas e particulares brasileiras em sua dissertação no Mestrado Profissional em Inovação Tecnológica do ICT/Unifesp. O trabalho ressalta que, no mercado mundial, existem mega laboratórios com materiais e ferramentas de última geração, impressoras 3D, cortadoras a laser, entre outros recursos.
Esse horizonte também foi expandido em São Sebastião, litoral de São Paulo (SP), por meio da parceria entre o Instituto Verdescola e o Sesi São Paulo, disponibilizando um Espaço Maker para estudantes da comunidade. Ao entrar na sala de aula, as crianças podem transitar e escolher entre uma impressora 3D, uma máquina de costura, oficinas de empreendedorismo, sessões de boas práticas com foco em sustentabilidade, entre outras.
Com 70 metros quadrados, a iniciativa pretende impactar a vida de 700 crianças e 30 profissionais, que receberão treinamento técnico – disponibilizado pela instituição parceira em sua universidade corporativa.
De acordo com Elane Tonin, Gerente Pedagógica do Instituto Verdescola, as aulas no Espaço maker acontecem semanalmente para todas as turmas e são integradas na proposta pedagógica do Verdescola, buscando potencializar a melhoria do desempenho acadêmico dos estudantes de escolas públicas da região. “A ideia é atender, em média, 700 jovens que frequentam o instituto no contraturno escolar, abrangendo, assim, a educação infantil e os ensinos fundamental I e II”, explica.
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