Com a chegada de novos desafios, incluindo a mudança de governo e o aumento da taxa Selic, o ano de 2023 é marcado por expectativas de estabilização dos preços e um consumidor mais cauteloso. No entanto, mesmo diante desses obstáculos, o mercado imobiliário no segundo semestre de 2023 se destaca como um setor resiliente, capaz de enfrentar as dificuldades impostas pela pandemia. Segundo a Associação Brasileira de Incorporadores Imobiliários (ABRAINC), uma entidade sem fins lucrativos que representa as principais empresas do setor imobiliário no Brasil, entre os motivos que levaram a decisão de compra de imóveis, 50% dos entrevistados declararam o crédito facilitado, à frente de 49% que afirmaram que a compra de imóvel foi devido ao aumento da sua renda mensal.
Com a retomada dos investimentos, a estabilização da economia e as perspectivas de retorno estável no mercado imobiliário tornam esse setor uma opção atraente para os investidores. Com a busca por diversificação de portfólio e a valorização dos imóveis a longo prazo, espera-se uma retomada dos investimentos no mercado imobiliário. Por outro lado, com o crescimento do mercado de imóveis comerciais, a flexibilização das restrições e a reabertura dos negócios, em um momento ainda de pós-pandemia, espera-se um aumento na demanda por imóveis comerciais. Muitas empresas estão buscando novos espaços para expandir suas operações ou iniciar novos empreendimentos, impulsionando a demanda por escritórios e lojas.
Aumento das demandas por imóveis sustentáveis, também se torna um tópico relevante. Um artigo publicado pela Forbes, que mostra dados da Opinion Box, afirma que mais de 80% dos brasileiros “consideram a sustentabilidade como um tema importante para o cotidiano”. E com o setor imobiliário não seria diferente. O termo “green building” foi desenvolvido para descrever imóveis que incorporam tecnologias que minimizem o impacto ambiental, tanto na construção quanto no funcionamento de edifícios. Essas construções adotam estratégias que visam preservar e beneficiar o ambiente natural ao seu redor, ao mesmo tempo em que proporcionam vantagens sociais e econômicas. Desse modo, pessoas que consideram a sustentabilidade um fator decisivo na compra ou locação de imóveis valorizam esses fatores na tomada de decisão.
Outro fator que se mostra em destaque é a tecnologia aliada à rotina profissional dos corretores de imóveis. Quando o assunto é o futuro do mercado imobiliário, a tecnologia não pode ficar de fora das tendências para esse segundo semestre. A implementação da tecnologia está cada vez mais presente e impactando diretamente o dia a dia desses profissionais e clientes, na utilização das redes sociais e plataformas imobiliárias, integradas à Inteligência Artificial. De acordo com a agência de marketing digital Sortlist, no qual realizou uma análise sobre o uso médio da internet em diferentes aplicativos, revelou que um usuário de internet passa em média 2 horas e 25 minutos por dia nas mídias sociais. Sendo assim, conforme esse mesmo estudo, o Brasil é o país que ocupa o segundo lugar na lista de países que passam maior parte do tempo online com 10h e 8h por dia navegando na internet. Desse modo, gerir um negócio imobiliário se torna mais ágil e próximo ao cliente com o auxílio de ferramentas online e responsivas, no qual torna-se possível que os gestores(as) e corretores(as) invistam mais tempo em demandas que são prioridade máxima para o fechamento de negócios.
De acordo com Vitor Severo, líder do setor de marketing da empresa Jetimob, “o lançamento da integração do ChatGPT com o sistema da Jetimob está possibilitando economia de tempo de mais de 15 minutos na descrição de imóveis para os profissionais atuantes no mercado imobiliário, por exemplo”. Sendo assim, por mais que o mercado imobiliário seja um segmento antigo e tradicional, será inevitável se aliar às novas tecnologias para ficar à frente da concorrência e surpreender os clientes.
Diante dessas perspectivas promissoras, é fundamental para os profissionais do setor imobiliário investirem em estratégias, como as citadas acima, para dispor de uma vantagem competitiva.
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