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Das redes sociais ao empreendimento: Home Office cresce no Brasil

Milhares de profissionais andam trocando seus trabalhos tradicionais pelo modelo home-office em busca de flexibilidade, melhor qualidade de vida, independência e dias mais tranquilos.

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São Carlos, SP 18/2/2020 – O modelo se aplica a diferentes perfis, entre desempregados e pais em tempo integral até celetistas, estudantes e os que desejam ter uma renda complementar.

No final de 2019, o Pinterest publicou sua lista com as 100 tendências de comportamento e não deu outra: 2020 promete ser o ano do home office no mundo, por conta do crescimento significativo na busca e catalogação de organizadores, móveis versáteis e dicas de otimização de ambientes – principalmente salas e quartos. 

O que parecia uma moda que nunca iria pegar, se tornou realidade no Brasil em tempos de reformas nas relações de trabalho, desemprego e da alta informalidade no país, que está acima dos 40%.

A modalidade, também conhecida como trabalho remoto, tem se tornado uma opção viável para empresas de diversos portes e se tornou o desejo de outros 49% dos trabalhadores registrados segundo com a pesquisa Alelo Hábitos do Trabalho, realizada com o Instituto Ipsos durante os meses de agosto e setembro de 2019. 

Muito além da tendência, de acordo com dados da Sociedade Brasileira de Teletrabalho e Teleatividades (Sobratt), o número de pessoas com funções em posições de teletrabalho ou remoto, cresceu 22% no período entre 2016 e 2018. 

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística  (IBGE) aponta que trabalhar em casa ou até mesmo em outros espaços, como o coworking, cresceu 21,1% entre os anos de 2017 e 2018. Já a maior empresa de currículos on-line do país, o site Catho, afirma que 37% dos brasileiros fazem ou já fizeram home office em algum momento de suas carreiras. 

O crescimento é atribuído principalmente pela redução de custo por conta dos empregadores, mas também por combinar motivação, produtividade e qualidade de vida aos empregados – que não precisam se deslocar diariamente ou se expor a outras situações de estresse. 

Tudo começou com os freelancers e profissionais liberais de áreas como publicidade e design no início dos anos 2000 e ofereceu a possibilidade de prestar serviços para diferentes empresas, através de contratos de prestação de serviços temporários. 

Entre os requisitos, não é preciso ter graduação, experiência prévia, muito menos ter fluência em outro idioma. O modelo se aplica a diferentes perfis, entre desempregados e pais em tempo integral até celetistas, estudantes e os que desejam ter uma renda complementar.

 

Outro patamar

Quando o home office vira um negócio, muitas pessoas físicas se tornam empresas e passam a ser gestoras de oportunidades.  

É o caso do Welinton Santos. Ele aproveitou a oportunidade do home office para enveredar por novos caminhos. Apostou na modalidade para empreender após se mudar de São Paulo, em busca de melhores condições de trabalho. 

“Já cheguei a sair 5:30 da manhã para entrar às 8, enfrentando fila no metrô e no ônibus. Para ter uma folga na semana. Não tinha tempo para minha família, e o que ganhava nunca dava.”, conta o agora consultor de serviços de mídias.

Com a iniciativa, Welinton afirma ter faturado em apenas um mês o equivalente a quase dois anos de trabalho em seu antigo emprego. Ele afirma que será questão de tempo enxergar a internet e o home office como realidade na geração e circulação de riquezas em diversos segmentos da economia. 

Além de empreender, ele preparou cerca de 1500 pessoas para realizar atividades remotas e  remuneradas para mídias como, por exemplo, mediação de anúncios na web, suporte ao cliente e transcrição. Muitos de seus clientes são, inclusive, empresas multinacionais.

“O home office é baseado na liberdade, mas na liberdade com dedicação. E a partir disso, quero seguir transformando a vida das pessoas. Para que elas não tenham uma rotina como eu já tive. Que tenham mais qualidade de vida, além de um salário que possa sustentá-las dignamente.” 

As pessoas que têm interesse em trabalhar remotamente e gostaria de adaptar sua carreira ao home office, preste atenção nos prós, contras e algumas dicas: 

Prós:

  • O profissional tem liberdade para fazer os próprios horários;
  • Não precisará se deslocar até o local de trabalho;
  • Vai economizar não apenas no transporte, mas também na alimentação e vestimenta;
  • Terá mais tempo e proximidade com as atividades da família e/ou de casa como estudar com os filhos, fazer mais exercícios físicos ou fazer pequenas manutenções. 

Contras:

  • Para quem a disciplina não é um forte, será preciso começar a praticar a organização e o foco total nas atividades. 
  • Misturar a vida pessoal e a vida profissional. Não conseguir distinguir a hora de trabalhar e a hora de ficar em casa tranquilo preocupa no ponto de estar sempre preocupado com o trabalho.
  • Tendência de isolamento social. Para quem mora sozinho, o home office pode despertar um lado mais anti-social.

Dicas:

Independentemente do ambiente, o trabalho precisa ser realizado. Por isso, teste ambientes, mantenha-se motivado para as atividades. Perceba se o home office é algo para você;

  • É muito importante evitar distrações e ter um horário padrão de trabalho.
  • Encontrar um canto exclusivo para o trabalho. Este deve ser organizado e pensado no fluxo de tarefas que serão feitas;
  • Ter uma rotina neste canto, para se concentrar e respeitar esse tempo com produtividade. Por exemplo: levar uma canequinha de água ou café ao começar as atividades;
  • Estar disponível para adaptações e fazer todas as necessárias. Adaptabilidade é importante para que a pessoa se estimule mais, com a produtividade constante e mantenha seu trabalho em alto nível.

Website: https://www.formulahomeoffice.com/

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Anderson Scardoelli

Jornalista "nativo digital" e especializado em SEO. Natural de São Caetano do Sul (SP) e criado em Sapopemba, distrito da zona lesta da capital paulista. Formado em jornalismo pela Universidade Nove de Julho (Uninove) e com especialização em jornalismo digital pela ESPM. Trabalhou de forma ininterrupta no Grupo Comunique-se durante 11 anos, período em que foi de estagiário de pesquisa a editor sênior. Em maio de 2020, deixou a empresa para ser repórter do site da Revista Oeste. Após dez meses fora, voltou ao Comunique-se como editor-chefe, cargo que ocupou até abril de 2022.

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