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De um carro de boi no interior de Santa Catarina para o Mercosul

São Paulo, SP 27/8/2020 – Com as medidas de isolamento social impostas pela pandemia da Covid-19, o movimento de vendas triplicou na Duelo no segundo trimestre

No coração do Vale do Rio do Peixe, no Meio-Oeste de Santa Catarina, a cidade de Pinheiro Preto é considerada uma referência em produção de vinhos e coquetéis no país. Mas uma das fabricantes locais se destaca e  está próxima de completar 90 anos. A então Vinhos Duelo, hoje mais conhecida somente por Duelo harmoniza a longevidade com uma constante capacidade de reinvenção.

A indústria familiar, fundada em 1932 e hoje administrada pela terceira e quarta gerações, diversificou seu portfólio ao se especializar na fabricação de coquetéis alcoólicos, elaborados a partir de destilados alcoólicos, bebidas fermentadas, sucos e extratos naturais. Adaptando-se às tendências de mercado, fez com que seus produtos ganhassem espaço no estado de São Paulo e chegassem até o Mercosul. Atualmente, essas duas regiões concentram 80% da demanda, enriquecendo uma trajetória que começou em um carro de boi e movida por um jovem com espírito empreendedor.

Em 1918, assim que completou 18 anos, o filho de imigrantes italianos Guerino De Costa tomou a decisão de deixar Veranópolis (RS) para desbravar a floresta no Vale do Rio do Peixe, por onde passava a linha de trem – o único meio de acesso que unia Rio Grande do Sul e São Paulo. Ao chegar a terras catarinenses, encontrou solo fértil e clima propício para concretizar seu sonho. Na bagagem, ele levava mudas de parreiras com a esperança de que elas brotassem as uvas para elaboração de vinhos.

Costa plantou as primeiras videiras e desenvolveu os primeiros vinhos, mas faltava ainda uma etapa estratégica: industrializar a produção. O empreendedor, então, iniciou o cultivo que levou à formação de uma cooperativa. Em pouco tempo, essa cooperativa passou a atender também os estados do Paraná e São Paulo, com barricas de carvalho de 100 litros embarcando pela estrada de ferro.

Os anos passaram, mas o legado de Costa teve continuidade com os filhos, que assumiram a empresa em 1963. Além de ampliarem os negócios para outros estados do Sudeste e Centro-Oeste, iniciaram um processo de reformulação das embalagens, com direito a garrafões de 5 litros e garrafas de vidro.

Novas bebidas

Em 1987, a Duelo conseguiu o tão almejado objetivo de abrir mercado para todos os estados brasileiros. Também surgiram as primeiras demandas de clientes do Mercosul, impulsionadas por uma renovação profunda do portfólio. Além do vinho, caninha e coquetéis saborizados em embalagens de plástico começaram a ser comercializados, marcando uma nova fase da empresa.

A Duelo ostenta agora 30 opções de coquetéis saborizados, entre cítricos, tropicais, cremosos e supercremosos. A relação de produtos reúne catuabas, jurubeba, aguardente, raízes amargas e coquetéis de vinhos não alcoólicos. A versátil linha de drinques serve, inclusive, de ingrediente para a criação de várias bebidas.

A mais tradicional e viralizada nas redes sociais é o Chevette, preparado com Duelo limão, já consagrado entre o público jovem. Aliás, são eles os mais adeptos da marca e, inclusive, já apelidaram as garrafinhas de duelinho, barrigudinho e barrilzinho. Como parte do plano de mudança e incremento da oferta, a empresa lançou recentemente o Sake Ketto – saquê na versão pet, 2 litros e 880 ml e teor alcoólico de 14%. O rótulo homenageia a cultura japonesa, com a ilustração de um guerreiro samurai.

Com as medidas de isolamento social impostas pela pandemia da Covid-19, o movimento de vendas triplicou na Duelo no segundo trimestre. Esse momento já faz a empresa projetar investimento em novos equipamentos e produtos. Essa deve ser mais uma das muitas decisões acertadas que movem uma família e a indústria de bebidas.

Website: http://www.vinhosduelo.com.br

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Anderson Scardoelli

Jornalista "nativo digital" e especializado em SEO. Natural de São Caetano do Sul (SP) e criado em Sapopemba, distrito da zona lesta da capital paulista. Formado em jornalismo pela Universidade Nove de Julho (Uninove) e com especialização em jornalismo digital pela ESPM. Trabalhou de forma ininterrupta no Grupo Comunique-se durante 11 anos, período em que foi de estagiário de pesquisa a editor sênior. Em maio de 2020, deixou a empresa para ser repórter do site da Revista Oeste. Após dez meses fora, voltou ao Comunique-se como editor-chefe, cargo que ocupou até abril de 2022.

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