Yasmin Pestana, defensora pública e coordenadora auxiliar do Núcleo de Promoção e Defesa dos Direitos da Mulher, disse que o objetivo é estimular o debate sobre gênero. “Esse perfil que a gente chama de masculinidade hegemonizada, um padrão de como deve ser o homem – não pode demonstrar sensibilidade, não pode chorar, tem que ser provedor –, tudo isso tem que ser discutido nas localidades”, afirmou.
A defensora explicou que os homens, público-alvo da campanha, poderão refletir sobre sua conduta. “A cartilha surge diante da necessidade de se discutir com os homens, não só aqueles que já tiveram envolvimento criminal com violência doméstica, mas todos os homens, sobre o machismo”.
A publicação fala sobre violência doméstica, Lei Maria da Penha e orienta sobre serviços de acolhimento, mas traz ainda outras reflexões. “Vincular masculinidade a agressividade e autoritarismo reverbera para a prática da violência doméstica”, disse.
Yasmin informou que o núcleo do qual participa, idealizador do material, tem como função fornecer suporte teórico e prático aos defensores públicos, em âmbito estadual. São cerca de 40 municípios atendidos. Além disso, o núcleo é responsável pela fiscalização e o monitoramento de politicas públicas voltadas à proteção da mulher.
Nesta semana, serão organizadas duas rodas de discussões. Amanhã (14), o evento será das 19h às 21h30, na Defensoria Pública em Santo André. Na quarta-feira (15), o debate ocorre das 17h às 19h30 na Defensoria Pública em Ferraz de Vasconcelos. Os debates são abertos e não precisam de inscrições.