Coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos é o novo colunista da revista Carta Capital. Formado pela Universidade de São Paulo (USP) em filosofia, Boulos era colunista da Folha de S. Paulo até o início deste mês, mas se despediu após ser dispensado pelo jornal.
A estreia de Boulos no impresso comandado por Mino Carta acontece na edição da revista que chegará às bancas em São Paulo nesta sexta-feira, 24. A ideia é que o militante use o espaço para abordar a conjuntura política e econômica e seus efeitos sobre a sociedade. Além do impresso, ele ainda terá uma coluna digital e, eventualmente, vai fazer comentários em vídeo. Ele deve desenvolver um programa para o CartaPlay, canal de vídeos da marca.
“A coluna será um espaço de análise da conjuntura e dos desafios do campo progressista. Estou muito feliz em escrever para a Carta Capital, enxergo uma total coerência entre o que vou escrever e onde vou escrever”, disse Boulos em entrevista à própria Carta Capital. “Estou muito animado com a possibilidade de testar outras linguagens, de alcançar o público por outros canais. Há uma demanda crescente por vídeos”, completou.
Boulos vai dividir seu espaço na Carta Capital com a ex-secretária-adjunta de Direitos Humanos de São Paulo, Djamila Ribeiro. A publicação informa que cada um escreverá uma coluna quinzenal na seção Seu País. Djamila é mestre em filosofia política e passará a escrever com mais regularidade tanto na revista quanto no ambiente digital. Ela também terá um programa no CartaPlay. “Trata-se do aprofundamento de uma parceria iniciada três anos atrás e agora ancorado em um projeto audiovisual”, comenta a acadêmica.
Boulos se despediu da Folha na quinta-feira, 3 de março. Ele, que estava no impresso desde junho de 2014, falou sobre o desligamento na última coluna para a publicação e sugeriu que a decisão tomada pela direção do jornal estaria relacionada a pressões vindas da “maior parte dos leitores e anunciantes”.
Ele relatou, porém, que a justificativa dada pelo comando do diário era a de que o fim do espaço mantido por ele representa “renovação ‘natural’” no grupo de colunistas mantidos pela empresa. A alegação oficial não convenceu o militante social. O líder do MTST questionou se o fim de sua coluna não estaria relacionado ao acampamento mantido pelo movimento em frente ao prédio da Federação das Indústrias do Estado de S. Paulo (Fiesp). Para ele, a ação gerou “reações de hostilidade” por parte de empresários e associações.
Ainda no texto, Boulos se dividiu entre críticas e elogios à Folha de S. Paulo. Em determinado trecho, garante que mantém amizade e respeito com outros colunistas da publicação, como André Singer, Gregório Duvivier, Juca Kfouri, Laura Carvalho e Vladimir Safatle. Mesmo com esse relato, ele afirmou que o jornal optou por “reduzir seu já restrito grupo de colunistas afinados com o pensamento de esquerda e manter um batalhão de colunistas conservadores e de direita”.
Colunista da Folha e líder do MTST, Guilherme Boulos é preso em São Paulo
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