O Dia dos Oceanos foi celebrado pela primeira vez durante a Rio 92. Ele foi inspirado num evento organizado pelo Instituto dos Oceanos do Canadá e apoiado pelo Governo Canadense: “Oceans Day At Global Forum – The Blue Planet”. Em 2008, a Assembleia Geral da ONU definiu que a partir de 2009, o dia 8 de junho seria designado oficialmente como Dia Mundial dos Oceanos.
A ONU declarou que, até 2030, estará vigente a Década do Oceano, um período para promover a cooperação internacional voltada à gestão e preservação dos recursos naturais de zonas costeiras.
“O primeiro encontro global do movimento para comunicadores, o Conexão Oceano, foi realizado no Brasil, promovido pela Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza”, ressalta Vininha F. Carvalho, ambientalista e editora da Revista Ecotour News & Negócios.
Os oceanos desempenham papel fundamental na regulação do clima, na produção de oxigênio, na absorção de dióxido de carbono e na sustentação da biodiversidade marinha. Diante das mudanças climáticas, da poluição e da perda de biodiversidade marinha, é urgente levantar questões relacionadas à conservação do oceano e à proteção de seus recursos.
Os recifes de corais abrigam mais de 25% da vida marinha e têm papel de extrema importância na proteção da orla contra eventos climáticos, e funcionam como uma barreira natural, protegendo as praias do impacto de ondas e tempestades.
Dados recentes publicados no documento “Oceano sem mistérios: desvendando os recifes de corais”, conduzido pela Fundação Grupo Boticário, indica que para cada quilômetro quadrado de recifes, R$ 941 milhões (ou US$ 187 milhões) são economizados, ressaltando a importância deste ecossistema.
No próximo sábado, para celebrar esta data, a EDP, empresa do setor energético, levará para a primeira etapa do Hang Loose Surf Attack ações de impacto socioambiental com o objetivo de promover reflexões sobre a sustentabilidade e a preservação dos oceanos. A maior competição de base do surfe nacional acontecerá entre os dias 07 e 09 de junho, na Praia da Baleia, em São Sebastião (SP).
De maneira educativa e divertida, essa iniciativa conscientizará para uma questão importante: estudos atuais mostram que, aproximadamente, 13 milhões de toneladas de plástico chegam aos oceanos anualmente.
Muitas vezes, esse plástico é ingerido pela fauna marinha, como peixes e tartarugas, e outros animais como as aves, que se alimentam dos peixes, provocando a morte de 100 mil animais marinhos por ano, além de outros danos.
“Segundo dados divulgados pela ONU, a estimativa é que em 2050 a quantidade de plásticos na água supere a de peixes”, finaliza Vininha F. Carvalho.