O jornalista Orlando Brito morreu na manhã desta sexta-feira, 11, em Brasília, cidade onde trabalhou no decorrer das últimas décadas. Multipremiado e reconhecido por seu trabalho no fotojornalismo, ele estava internado em um hospital do Distrito Federal desde o mês passado, quando passou por uma delicada cirurgia no aparelho digestivo. Aos 72 anos, deixa a filha Carolina e os netos Theo e Thomas.
Por meio das lentes de suas máquinas fotográficas, Orlando Brito ajudou a contar a história do Brasil e do mundo desde os anos 1960. Reportagem do portal G1 lembra, por exemplo, que ele viajou a trabalho por mais de 60 países. Cobriu edições de Jogos Olímpicos e acompanhou Copas do Mundo. Em solo nacional, registrou protagonistas da política, criou acervo com imagens de indígenas e pessoas comuns e publicou seis livros de fotografia — entre as obras está Poder, Glória e Solidão.
Brito fez com que o Brasil passasse a ter destaque no cenário internacional de fotojornalismo. Então no jornal O Globo, tornou-se, em 1979, o primeiro profissional do país a conquistar o “World Press Photo Prize”, do Museu Van Gogh (Países Baixos). Na ocasião, venceu a categoria ‘Sequências’, apresentando uma série de imagens sobre um exercício militar. Além disso, ganhou o Prêmio Abril de Fotografia por 11 vezes e, assim, passou a ser considerado hors concours na disputa.
Natural de Janaúba, cidade do norte de Minas Gerais, Orlando Brito começou cedo a sua relação com a imprensa. Aos 14 anos de idade, já atuava como laboratorista no jornal Última Hora. Posteriormente, seguiu carreira como fotojornalista e editor de fotografia. Entre outros títulos, passou pelos jornais O Globo e Jornal do Brasil e pelas revistas Caras e Veja. Criou a sua própria agência de imagens, a Obrito News. Nos últimos anos, dedicou-se ao projeto Os Divergentes, iniciativa digital da qual foi um dos idealizadores.
Definido pelo G1 como “referência” e “ícone do fotojornalismo” e chamado pela equipe de Os Divergentes de um dos fotógrafos mais importantes da história do Brasil, Orlando Brito deixa saudades entre colegas e amigos de jornalismo. Pelas redes sociais, inúmeros profissionais da imprensa lamentaram a morte do fotojornalista que nos últimos 55 anos registrou todas as posses de presidentes da República — de Costa e Silva, em 1967, a Jair Bolsonaro, em 2019. “Tristeza” foi uma das palavras utilizadas.
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