A prática do Digital Twin (Gêmeo Digital em língua portuguesa) é uma maneira de reproduzir para uma realidade digital um produto ou objeto do mundo físico, material. Desse modo, possibilidades de simulação, testes, manutenção, monitoramento, entre outras, passam a ser possíveis, o que facilita a previsão de inúmeras variáveis passíveis de danificar algum objeto ou de impactar de maneira negativa o objeto do mundo material ao qual o gêmeo digital está conectado. Esta técnica é amplamente usada no desenvolvimento de tecnologias, na arquitetura e na engenharia.
Segundo pesquisa da Gartner, divulgada pela Revista Forbes, em 2021, metade das maiores empresas do mundo já haviam utilizado tal tecnologia e a previsão de crescimento para 2022 é grande, podendo bater a receita de US$ 9,8 bilhões. Ainda de acordo com a publicação da revista, em 2025, essa modalidade pode chegar a atingir US$ 25 bilhões em receita. Isso se deve também ao fato de novas ferramentas digitais de aquisição de bens também estarem crescendo, como os artigos em NFT, que são o formato digital de produtos físicos.
Deyvid Sousa, profissional na área de tecnologia e desenvolvimento há 20 anos, aponta que, cada vez mais, as aplicações de modelos Digital Twin estão sendo feitas de maneira mais focada e específica.
“Hoje com o amadurecimento e adição de outras tecnologias, como a conectividade impulsionada pela onda do IoT (“Internet das Coisas”) ou o trabalho em conjunto com a inteligência artificial, por exemplo, os avanços na área são significativos”, Afirma Deyvid.
O profissional afirma que em diversas áreas do campo empresarial e industrial tal prática é adotada. Inclusive, a Medicina tem conseguido evoluir a partir dos experimentos em protótipos para a simulação. “Existem ainda modelos na área da saúde, com a criação de ‘avatares’, avaliando medicina de precisão em casos mais graves ou efeitos relacionados à combinação de diversos fatores conjuntos como medicamentos, nutrição e esporte”, explica.
Outra aplicabilidade interessante do Digital Twin é em relação à preservação de recursos naturais para o desenvolvimento de objetos que demandam grande quantidade de matéria-prima. Um maquinário que precisa de testes para funcionar, por exemplo, pode não estar passível de descarte conforme as etapas de testes forem avançando. Os testes são feitos de forma digital, o que garante a longevidade do produto e reduções de descartes na natureza de forma acelerada.
Por fim, Deyvid Sousa, que é especialista em arquitetura de Digital Twin na integração com inteligência artificial e robótica indica que “o desenvolvimento e amadurecimento de novas tecnologias, combinados com o Digital Twin, vai permitir abordarmos desafios e cenários de ângulos distintos, criando novas possibilidades de forma efetiva e rompendo grandes barreiras rapidamente”.
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