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Digitalização na venda direta aproxima setor de empreendedores jovens

Uma pesquisa realizada pela Globo mostra que 24% dos jovens das classes A, B e C com até 30 anos já são empreendedores e 60% querem empreender. A revenda de produtos e serviços por empreendedores independentes é uma opção para esse público, fazendo a diversidade crescer na Venda Direta – que é composta por 42,2% de homens e 48,1% de jovens com 18 a 29 anos, segundo estudo promovido pela Associação Brasileira de Empresas de Vendas Diretas (ABEVD). O modo de vender também mudou e está mais digital, mesmo antes da pandemia os empreendedores já apontavam que a internet e as mídias sociais eram os melhores meios de divulgação e venda.

Uma das gigantes do setor, a Natura criou o Projeto Convergência – premiado pela ABEVD –, que facilita a união de vendas físicas e digitais e a gestão do negócio aos empreendedores a partir de um único cadastro e, desde então, não parou mais de inovar.

“O Projeto Convergência foi apenas o início e nossos produtos e serviços digitais posteriores a ele tiveram ótima adesão, incluindo os nossos treinamentos digitais – que abordam desde temas de produtos, sobre como vender pelas redes sociais, por exemplo, até educação financeira. Em 2022, todos os nossos treinamentos foram realizados de modo on-line e mais de 26 mil consultoras concluíram alguns dos nossos cursos sobre digitalização”, explica o vice-presidente de Negócios da Natura Brasil, Agenor Leão.

A empresa se concentrou no desenvolvimento de ferramentas como uma revista virtual, na qual o cliente pode fazer o pedido diretamente ao empreendedor, que obteve mais de 32 milhões de acessos em 2022 e, também, a Minha Divulgação, uma plataforma que consultoras e consultores personalizam sua maneira de divulgar os produtos pelas redes sociais, e que contou com mais de 1,5 milhões de interações. “É importante frisar que o digital não é um fim, mas um meio. Não buscamos automatizar as relações, pois o elemento humano é fundamental e não pode ser perdido”, completa Leão.

Conhecida dos brasileiros por seus produtos de saúde, a Herbalife possui atuação global, e também considera que o digital veio para se somar ao presencial. Em 2019, desenvolveu a plataforma 100% online Cliente Premium, que trouxe a possibilidade de o empreendedor vender os produtos da marca sem a necessidade de estoque ou de loja física, cabendo à empresa todo o processo de cobrança e envio.

Investindo na capacitação, a Herbalife criou o aplicativo HNGrow, uma plataforma de aprendizagem que traz mais de 70 módulos, com temas variados, incluindo um curso completo de redes sociais, com oito módulos e certificado de conclusão. “Durante a pandemia, a plataforma teve uma explosão de acessos e se tornou a principal ferramenta de trabalho, já que o contato presencial entre as pessoas estava limitado”, pontua Jordan Rizetto, vice-presidente da Herbalife Brasil. “Em 2022, anunciamos o Herbalife One, nossa nova plataforma digital que receberá investimentos de centenas de milhões de dólares em três anos”, completa.

Além disso, Jordan Rizetto comenta que distribuidores da empresa criaram modelos de vendas sociais, conseguindo centenas de milhares e até milhões de seguidores. “Isso possibilita uma experiência personalizada, que muitas vezes começam nas redes sociais e se materializam no mundo físico, com resultados impressionantes”, afirma.

A presidente-executiva da ABEVD, Adriana Colloca, destaca que o setor é ideal para quem quer empreender com baixo investimento e risco. “Para entrar na venda direta, basta escolher produtos ou serviços que você se identifique, ter em mente os resultados que quer atingir e dedicar tempo e energia à atividade”, explica. “A base do setor sempre será as relações e a conexão humana que geram a indicação de bons produtos para cada caso. Para quem possui mais familiaridade com redes sociais e aplicativos, como os jovens, a atividade ficou ainda mais acessível, sendo possível transportar para o on-line toda essência da Venda Direta com maior facilidade”, conclui.

Sobre a Associação Brasileira de Empresas de Vendas Diretas

A Associação Brasileira de Empresas de Vendas Diretas (ABEVD) é uma entidade sem fins lucrativos, criada em 1980 para promover e desenvolver a venda direta no Brasil, bem como representar e apoiar empresas que comercializam produtos e serviços diretamente aos consumidores finais. A entidade é membro da World Federation of Direct Selling Associations (WFDSA), organização que congrega as associações internacionais de vendas diretas existentes no mundo. Por isso, segue os códigos de ética implantados por suas filiadas, que representam mais de 70 países.

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