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Dirigentes da mineração de países sul-americanos debatem desafios do setor no pós-pandemia

Debate aconteceu durante o e-mineração: Evento Virtual de Negócios, realizado pelo Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM)

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16/7/2020 –

O setor mineral do Brasil, da Argentina, do Chile e do Peru vivenciaram e ainda passam por experiências semelhantes em relação à pandemia. Nesses países, a mineração deve se transformar em um importante ponto de apoio para o desenvolvimento socioeconômico após a fase mais aguda da pandemia.

A solidariedade da indústria mineral em relação às comunidades logo nos primeiros momentos do surto do novo coronavírus é uma das ações comuns que se desenvolveram nesses quatro países, pontou o diretor-presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), Flávio Penido, durante live, no dia 15/7, no e-mineração: Evento Virtual de Negócios – www.portaldemineracao.com.br – com dirigentes de entidades setoriais da mineração: Alberto Carlocchia, presidente da Camara Argentina de Empresários Mineros (CAEM); Diego Hernandez, presidente da Sociedad Nacional de Minería do Chile (Sonami); Pablo de la Flor, diretor executivo da Sociedad Nacional de Minería, Petroleo y Energia do Peru.

“Outro ponto em comum foi a atenção com a saúde dos trabalhadores, dos terceirizados, dos fornecedores e também com outras pessoas de relacionamento do pessoal das mineradoras”, disse Penido. Com isso, o setor tem mantido sua produção e o abastecimento de insumos às indústrias e ao agronegócio, mantendo empregos e gerando divisas com exportações, disse.

Na Argentina, onde a economia já se mostrava fragilizada antes da pandemia, o setor mineral é visto como um dos caminhos para aquele país buscar a recuperação econômica, contou Carlocchia, da CAEM. Após o governo local reconhecer e considerar publicamente a mineração como atividade essencial, a indústria mineral pode estabilizar a produção – quase paralisada no início do surto – e hoje as empresas estão com 60% a 80% de sua capacidade de produção ativa e crescendo.

No Chile, a mineração e o agronegócio foram menos afetados do que outros setores industriais por se localizarem fora dos limites das cidades; o controle do contágio, portanto, foi mais facilitado, relatou Hernandez, da Sonami. A indústria da mineração chilena manteve foco no cuidado com a saúde dos trabalhadores para diminuir a velocidade contagio e, assim, foi possível, dar continuidade à produção.

No Peru, onde a mineração responde por 12% do PIB, a paralisação de atividades no momento inicial da pandemia gerou problemas que se arrastam até hoje. Porém, a retomada da atividade tem sido implantada em duas fases: primeiro foram autorizadas a funcionar as grandes mineradoras e em uma fase seguinte as menores. Agora, disse Pablo de la Flor, 95% do total do aparato mineiro do Peru já reativado. Ele acredita que nas próximas semanas o país vai recuperar os níveis de produção de antes pandemia.

A pandemia também aproximou mais as mineradoras das comunidades nos quatro países, disseram os dirigentes. Eles afirmaram que é preciso evoluir as formas de relacionamento com as comunidades, com ênfase no diálogo, na transparência e no respeito mútuo e na sustentabilidade empresarial.

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Anderson Scardoelli

Jornalista "nativo digital" e especializado em SEO. Natural de São Caetano do Sul (SP) e criado em Sapopemba, distrito da zona lesta da capital paulista. Formado em jornalismo pela Universidade Nove de Julho (Uninove) e com especialização em jornalismo digital pela ESPM. Trabalhou de forma ininterrupta no Grupo Comunique-se durante 11 anos, período em que foi de estagiário de pesquisa a editor sênior. Em maio de 2020, deixou a empresa para ser repórter do site da Revista Oeste. Após dez meses fora, voltou ao Comunique-se como editor-chefe, cargo que ocupou até abril de 2022.

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