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Disciplinas de exatas são cruciais em 6 dos 7 mercados do futuro

Estudo mapeia as 96 profissões do futuro e suas principais skills. O resultado mostra que jovens que estão decidindo sua profissão devem ficar atentos aos conhecimentos de exatas.

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Porto Alegre – RS 2/3/2020 – O conhecimento lógico e analítico já é requisito básico para o profissional do futuro. Mas não podemos esquecer de competências como criatividade e comunicação.

Em janeiro de 2020, o Fórum Econômico Mundial divulgou uma pesquisa apontando as 96 profissões do futuro. Como de costume, este tipo de notícia desperta a atenção tanto dos profissionais mais experientes quanto daqueles que estão em dúvida sobre que curso escolher no vestibular.
Principalmente para o segundo grupo, mas não exclusivamente, um detalhe da pesquisa merece atenção. Embora o relatório, realizado pelo New Metric CoLabs em parceria com cientistas de dados das empresas Burning Glass, Coursera e LinkedIn, desperte a curiosidade quanto à forte presença do lado humano e sustentável entre às áreas de maior crescimento, fica evidente a necessidade dos conhecimentos de exatas nos mais variados campos de ação.

As áreas de maior crescimento
Intitulada “Jobs of Tomorrow: Mapping Opportunity in The New Economy”, a pesquisa tem por objetivo mapear as profissões emergentes, assim como as habilidades necessárias para se destacar em seus campos de atuação. Para tanto, os 96 “cargos do futuro” foram divididos em 7 grandes grupos. São eles:
Dados e inteligência artificial
Engenharia e computação em nuvem
Pessoas e cultura
Desenvolvimento de produto
Vendas, marketing e conteúdo
Economia da saúde
Economia verde
Somados, estes setores devem gerar 6,1 milhões de novos empregos, globalmente, até 2022. Neste bolo, caso as previsões se comprovem, a “Economia da saúde” é a que representa a maior fatia, ocupando 36,36% do total das futuras oportunidades. Porém, o maior índice de crescimento está nas áreas de “Dados e IA”, “Economia verde” e “Engenharia e computação de nuvem”, todos em uma escala superior a 50%.

Curiosamente, esta é a única área em que os conhecimentos de exatas não são considerados cruciais. Em oportunidades crescentes como Transcrição Médica, Assessor de Terapia Física e Auxiliares de Enfermagem, as skills necessárias estão muito mais relacionadas às particularidades do próprio campo. Mesmo assim, a tecnologia está fortemente presente em suas rotinas diárias.
O que se mostra ainda mais visível nos outros 63,64% das vagas, onde os conhecimentos em exatas se apresentam como habilidades fundamentais, até mesmo nos campos diretamente relacionados à criatividade, pessoas e sustentabilidade.

Ciências exatas e as Skills do Futuro
Para cada agrupamento de profissões em alta, o estudo apontou suas 10 principais skills. E é aí as ciências exatas se destacam: seus estudos são cruciais em 63,64% das vagas. Até porque, mesmo com um enfoque humano e sustentável, será a lógica, as tecnologias e as “engenharias” por trás disso tudo que farão a diferença.
Isso não significa que os jovens vestibulandos devem fugir das humanas com medo de ficar sem emprego. A criatividade, a comunicação e as skills interpessoais também vêm ganhando mais e mais valor. O que acontece é que, mesmo um publicitário ou recrutador, deverá abrir os olhos para conhecimentos como análise de dados, por exemplo.
Dentre os 7 agrupamentos, as profissões ligadas a “Engenharia e computação em nuvem”, “Dados e inteligência artificial” e “Desenvolvimento de produtos” estão, por natureza, diretamente ligadas aos conhecimentos e faculdades de exatas. Mas a “Economia verde” também está.
Neste setor, a maioria dos cargos (14 na lista das profissões em alta) estão ligados a alguma forma de engenharia. É o caso de Técnicos em sistemas de gás de aterro/metano, Gerente de instalações de energia solar, Especialista de fontes hidráulicas e Engenheiro de energia. No top 10 das skills do profissional “verde” podemos destacar conhecimentos em turbinas aeólicas, instalação solar e Microsoft Power BI.
Mas mesmo os setores de “Vendas, Marketing e Conteúdo” e “Pessoas e Cultura” também estão “se rendendo” às exatas. A explicação é semelhante em ambos os casos: a análise de dados.
O uso da tecnologia, lógica e até mesmo programação está cada vez mais presente na rotina destes profissionais. No caso do marketing e das vendas é mais fácil de compreender, visto que lidam com resultados, e estes normalmente são analisados na linguagem dos números. O curioso é que o mesmo vem acontecendo em profissionais de RH, que também passam a tomar decisões com base em dados, adotando estatísticas e KPIs (fatores-chave de resultado) em seus processos diários.

O outro lado da moeda
Se por um lado são os conhecimentos de exatas que dominam as skills do futuro, o profissional que se apoiar apenas nelas tem menos chances de crescimento. Segundo o estudo, embora habilidades em tecnologias disruptivas, como ciência de dados e inteligência artificial, serão críticas para os novos profissionais, o mesmo vale para liderança e capacidade de fornecer aprendizado e desenvolvimento.
Neste sentido, mesmo as empresas intimamente ligadas à lógica, tecnologias e engenharias, como é o caso do Joby, blog especializado nas profissões de exatas, não se deixam levar pela alta do setor.
Para eles, “o conhecimento lógico e analítico já é tratado como requisito básico para o profissional do futuro. Mas, enquanto empresas forem feitas de pessoas, as competências como criatividade, bom relacionamento e comunicação, estarão sempre entre os principais diferenciais daqueles que ocupam os cargos de maior remuneração”.

Website: https://joby.com.br/

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Anderson Scardoelli

Jornalista "nativo digital" e especializado em SEO. Natural de São Caetano do Sul (SP) e criado em Sapopemba, distrito da zona lesta da capital paulista. Formado em jornalismo pela Universidade Nove de Julho (Uninove) e com especialização em jornalismo digital pela ESPM. Trabalhou de forma ininterrupta no Grupo Comunique-se durante 11 anos, período em que foi de estagiário de pesquisa a editor sênior. Em maio de 2020, deixou a empresa para ser repórter do site da Revista Oeste. Após dez meses fora, voltou ao Comunique-se como editor-chefe, cargo que ocupou até abril de 2022.

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