De acordo com um estudo elaborado pela ABComm (Associação Brasileira de Comércio Eletrônico), o e-commerce irá atingir R$ 185,7 bilhões em 2023. Em 2024, o mercado deve chegar a R$ 205 bilhões e saltar para R$ 225 bilhões em 2025. Para 2026, a entidade projeta que a área irá gerar uma receita de R$ 248 bilhões, número que deve saltar para R$ 273 bilhões em 2027.
Paralelamente, dados da NielsenIQEbit revelam que o número de brasileiros que consomem no ambiente on-line aumentou 24% em 2022, em relação a 2021, mesmo com o fim das medidas de quarentena e isolamento social por conta da pandemia de Covid-19 que, até então, inviabilizaram o comércio tradicional.
Cristina Boner, presidente do Conselho Fiscal do grupo Drexell, observa que o e-commerce acompanhou a evolução da internet no país. “Antes da fibra óptica, existia a internet discada. Nessa época, o carregamento das informações era bastante lento. A qualidade da conexão impedia a expansão do comércio virtual”, pontua. “Com o avanço da tecnologia, porém, as coisas começaram a andar”, complementa.
Boner explica que o comércio virtual é uma modalidade de transação realizada por meio de aparelhos eletrônicos conectados à internet, como computadores, smartphones e tablets. “O e-commerce se tornou ainda mais popular no pós-pandemia, com grande abrangência e audiência”.
Ela também destaca que, embora o tipo mais comum de e-commerce seja a loja virtual, o marketplace, espécie de shopping virtual, foi o grande catalisador do avanço do segmento no país. De fato, os marketplaces foram reconhecidos como o principal canal utilizado por e-consumidores, de acordo com a pesquisa “Jornada de Compra do Consumidor Omnichannel – varejo de moda (roupas, calçados e acessórios)”, realizada pela SBVC (Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo), em parceria com o Instituto Qualibest.
Segundo a análise, 98% dos entrevistados pesquisam antes de comprar itens de moda. Dentre os brasileiros ouvidos, 40% pesquisam antes de comprar acessórios, calçados e peças de vestuário em sites de busca, seguido por 22% em marketplaces.
“Vale observar, também, que as vendas por redes sociais e a televisão digital também são gêneros de comércio eletrônico e, por assim dizer, a ‘nova onda’”, acrescenta Boner. “Nesse panorama, é preciso inovar para não desaparecer. Esse é o desafio diário de centenas de milhares de empresas que se ‘digladiam’ no mundo corporativo em busca de espaço no mercado”, articula.
Para concluir, a presidente do Conselho Fiscal do grupo Drexell ressalta que a transformação digital tem promovido disrupções no mercado – mudanças que não permitem retrocessos. “Alguns setores sentem mais e se beneficiam desse impacto, como os segmentos de energia, hoteleiro, financeiro, de saúde, varejo, alimentício, de comunicação e mídia, como aqueles que tiveram forte impacto, não só pela transformação digital, mas pelas mudanças no comportamento do consumidor”.
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