17/7/2020 –
A mineração tem que virar comunidade e a comunidade tem que virar mineração. A frase resume o entendimento de especialistas sobre o grau de envolvimento a ser atingido entre mineradoras e habitantes de municípios mineradores para que seja desenvolvido um planejamento adequado de diversificação econômica de territórios hoje muito dependentes das receitas oriundas da atividade mineral. Ela foi proferida por Teodomiro Diniz Camargos, vice-presidente da Federação das Indústrias de Minas Gerais (FIEMG) durante live, no dia 15 de julho, no e-mineração: Evento Virtual de Negócios – www.portaldamineracao.com.br/e-mineracao -sobre o tema “Diversificação Econômica em Territórios Minerados”.
Assista à gravação desta live em http://www.e-mineracao.com.br/DiversificaaoEconomicaemTerritoriosMinerados/index.html
Segundo Teodomiro, as mineradoras interessadas em proporcionar maior desenvolvimento humano nas comunidades precisam se tornar participantes e articuladores desses processos nas comunidades; seus funcionários, suas equipes podem participar de conselhos comunitários para traçar estratégias de desenvolvimento, avaliou. Dessa forma, as mineradoras ganham melhores condições para perceber melhor as demandas da comunidade. “A grande responsabilidade social da empresa é articular esse desenvolvimento local”, apontou Teodomiro.
O moderador do debate, Alexandre Mello, diretor de Relações com Associados e Municípios do IBRAM, explicou que existe uma grande preocupação da sociedade em relação ao momento em que a atividade mineradora vier a deixar de ser realizada em determinado local, e o quanto a população poderia ser afetada. “Sabemos que não existe um modelo exato para a implementação de ações devido às peculiaridades de cada região”, afirmou.
Para Anderson Costa Cabido, analista da Unidade de Articulação para o Desenvolvimento Econômico do SEBRAE-MG, debater a diversificação econômica nos municípios mineradores é algo discutido há muitos anos, mas com poucos avanços. Em sua visão, ele acredita que é necessário implementar políticas efetivas para reduzir a dependência das receitas de mineração. Ele acredita ser necessário um esforço coordenado e conjunto do setor produtivo, do setor público e da sociedade civil, um pacto para o longo prazo, que seja perene, ou seja, que extrapole os mandatos das autoridades municipais, como os dos prefeitos.
“Devemos lembrar, primeiro, do impacto que a atividade mineral exerce sobre o território em que se instala, por isso, devemos pensar em como fazer com que os municípios encontrem o caminho para reduzir a sua dependência em relação à mineração, podendo, por exemplo, encontrar novas vocações econômicas”, disse Anderson.
A diversificação territorial econômica deve ser encarada também como uma obrigação do setor público e das mineradoras, disse Waldir Salvador de Oliveira, consultor de Relações Institucionais da Associação dos Municípios Mineradores de Minas Gerais e do Brasil (AMIG). Já a comunidade, disse, deve ter a noção de que precisa acompanhar mais atentamente as ações desses agentes, como aplicação dos recursos arrecadados (a exemplo do royalty da mineração ou CFEM). Na visão dele, avançar com propostas concretas de diversificação econômica é urgente, já que há municípios mineradores que apresentam elevadíssima dependência arrecadatória (entre outras) do setor mineral, chegando a 80% da arrecadação tributária.
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