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EBC: após ter proposta rejeitada, empresa aciona polícia contra grevistas

Em seu 13º dia de greve, funcionários da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) denunciaram, nesta quarta-feira, 8, terem sido intimidados por policiais militares chamados pela empresa de comunicação. A ação ocorreu um dia após rejeição a proposta por parte dos grevistas. A paralisação dos colaboradores teve início no dia 26 de novembro.

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Segundo relato enviado à imprensa, a Polícia Militar teria sido acionada pelo diretor da EBC, Glen Valente, por haver uma caixa de som junto aos manifestantes. O aparelho, no entanto, estava desligado. Duas viaturas e aproximadamente seis policiais foram ao local em que estavam os manifestantes, que se sentiram intimidados pelos agentes de segurança.

“Não aceitamos esse tipo de intimidação, EBC! Os jurídicos das entidades já analisam o caso como prática antissindical, perseguição e abuso de poder”, afirma o e-mail da Comissão de Empregados EBC, que critica a atitude da diretoria da empresa.

O momento em que os policiais chegam e a conversa com os grevistas foram registrados em um vídeo publicado no perfil “Fica EBC”, no Instagram. Veja abaixo:

Proposta negada

Os trabalhadores da EBC que participam da greve rejeitaram, na última terça-feira, 7, a proposta patronal da empresa. A decisão foi tomada em assembleia, por meio de votação que teve o resultado de 343 a 137 votos.

Segundo informação enviada pela comissão de empregados, 70% dos funcionários sem cargos comissionados aderiram à paralisação iniciada no fim de novembro. O e-mail denuncia, ainda, supostas tentativas de sabotagem da assembleia, por parte da empresa.

“Mesmo com a diretoria da EBC tentando manipular trabalhadores, com ameaças e ataques à livre organização sindical, o recado foi dado: não aos cortes de direitos, não ao banco de horas e não aos cortes salariais”, e continuou: “A EBC buscou confundir trabalhadores sobre o local da assembleia, liberou os empregados que não aderiram à greve para participarem e votarem com a empresa, e, ainda, utilizou veículos da EBC e recursos públicos para transportar trabalhadores para o local da assembleia”.

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Julia Renó

Jornalista. Natural de São José dos Campos (SP), onde vive atualmente, após temporadas em Campo Grande (MS). Formada pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (MS) e voluntária da ONG Fraternidade sem Fronteiras, integrou o time de jornalistas do Grupo Comunique-se de julho de 2020 a abril de 2022.

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