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Economistas e cientistas políticos apontam os principais desafios do governo

Realizado nesta quinta-feira, 19 de janeiro, na Flórida, o webinar Brazil Under Lula: Political and Economic Perspectives (O Brasil sob Lula: Perspectivas Políticas e Econômicas), mediado por Lisa M. Schineller, Managing Director & Lead Analyst Sovereing & International Public Finance Ratings da S&P Global Ratings, abourdou as perspectivas políticas e econômicas do país e as oportunidades de crescimento nos próximos anos.

De acordo com Chris Garman, Managing Director for the Americas Eurasia Group, assim como especulado pela maioria do mercado, acredita-se que 2023 será marcado novamente por um novo aumento dos juros e da inflação.

Apesar das várias oportunidades globais que gradativamente poderão se abrir, o momento é delicado. “O cenário atual exige muita sabedoria por meio de reformas estruturantes e, ainda, uma agenda de âncora fiscal”, pontuou Gesner de Oliveira, Partner, GO Associados.

“Esse painel servirá para trazer informações e expectativas enxergadas por renomados especialistas da comunidade empresarial e do setor privado, que acreditam que o Brasil está em um momento favorável e tem tudo para aproveitar o contato global e as novas cadeias de valores para atingir um crescimento ainda maior em 2023”, afirmou Sueli Bonaparte, presidente fundadora da Brasil-Flórida Business Council, Inc.

O cenário da pandemia alterou o panorama, e as restrições impostas pela China ajudaram no rearranjo das cadeias de valores globais.

“Há sinais claros de que haverá mudanças significativas na política, principalmente no nível micro. Por essa razão que falamos e nos preocupamos tanto sobre a questão fiscal do Brasil, que ainda está longe de se estabilizar”, pontuou Alberto Ramos, Managing Director e Head of Latin America Economic Research, da Goldman Sachs.

Do ponto de vista macroeconômico, a Managing Director LatAm and Brazil Equity Strategist, da J.P. Morgan, Emy Shayo Cherman, acredita que o mercado ainda tem “soluços” e que o Banco Central pode e deve estar na luta também por uma transição política mais profunda.

“O perfil de risco aumentou e estou mais preocupada com o médio prazo, com questões que temos de olhar rapidamente”, observou Emy, apontando sobre  necessidade de saber qual será a regra fiscal e o que eles estão fazendo do estado na legislação societária no cenário microeconômico e na parte da reforma e melhora da competitividade.

“Como reduzir a exposição à China? Onde alocar novos investimentos? Você tem desafios climáticos significativos, tem questões de uma segurança alimentar global e de segurança energética, temos o aumento do custo de produção na Europa por causa da janela de oportunidades que não é muito fascinante. É cada vez mais importante poder vincular essas tendências globais a como isso se traduz em crescimento e política locais. Neste ambiente global em constante mudança, as análises são ainda mais desafiadoras”, ponderou Garman.

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