A Editora Abril perdeu 15% de receita publicitária em 2016. Com ano marcado pela chegada de Walter Longo como presidente e por mudanças estruturais, a empresa, porém, comemora os números registrados em um ano tão peculiar para o Brasil. Em entrevista à reportagem do Portal Comunique-se, Longo falou sobre o balanço, apresentou dados e aconselhou o mercado a acreditar mais na mídia impressa.
Segundo o executivo, o Grupo Abril teve em 2016 um EBITDA (indicador financeiro que significa “lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização”) semelhante ao do ano anterior, o que é visto na empresa como algo vitorioso. “Foi um dos anos mais difíceis da história do país. Quando você faz um balanço, precisa levar isso em consideração”, comenta Longo. Os dois números negativos ficam em receita publicitária e venda de revistas em banca, que apresentou pequena queda. A editora afirma que cresceu em assinatura e teve sucesso na mudança estratégica. “Entendemos que a Abril não é uma editora que tem outros negócios. Somos um Grupo de comunicação que vai atuar de maneira sinérgica em diferentes frentes”, diz Longo.
O presidente explica que o ano de 2016 foi importante na consolidação da visão de Market Place, que guiou todos os lançamentos do grupo e tinha como objetivo principal complementar a receita gerada pela empresa. “Agregamos ao posicionamento de uma empresa de mídia o posicionamento de Market Place. Esse movimento tem como objetivo continuar produzindo conteúdo cada vez mais confiável, sério e de qualidade. E, para isso, fomos em busca de formas diferentes de receita que complementasse a eventual perda de receita vinda da publicidade tradicional”. Os doze meses de 2016 serviram de palco para lançamentos de produtos como GoBox, GoRead e Abril Multiassistência.
O executivo que comanda a presidência do grupo ressalta que a Editora Abril não está mudando de ramo e que, portanto, segue sendo uma empresa de conteúdo. Sobre a receita publicitária, Longo afirma que os 15% perdidos em 2016 serão recuperados neste ano. Desde o ano passado, a empresa oferece ao mundo da publicidade diversas ferramentas para trabalhar este tipo de conteúdo.
Este ano já começou com mudanças na empresa. Na última semana, Longo se reuniu com a imprensa para anunciar que a Abril Assinaturas deixa de ser um departamento da Abril Mídia e passa a ser uma unidade de negócios, fornecendo gestão de receita recorrente para outras editoras e players.
Atualmente, 35% do faturamento da empresa vêm de circulação (assinatura e venda de revista em banca), 30% de publicidade e os demais 35% divididos em outras áreas de negócio, como Total Express e ABC.
A mídia impressa
O presidente do Grupo Abril aposta na mídia impressa e, com otimismo, explica que o mercado precisa confiar mais no produto. “Aparentemente, apenas os editores de impresso não acreditam na saúde dessa indústria”, lamenta.
Para o executivo, o modelo impresso é saudável porque o leitor paga pelo conteúdo, algo que será impulsionado cada vez mais. “O mundo claramente quer mais informação e vai pagar por isso. Se não acreditarmos nisso, vamos diminuir tiragem, fechar bancas aos domingos e começar a ‘juniorizar’ as redações. Temos que atuar de maneira a entender que se as assinaturas estão crescendo, precisamos acreditar na saúde do negócio”, aconselhou.
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