Chegou às livrarias do Brasil no mês de junho o último livro do italiano Umberto Eco, publicado pela Editora Record. A obra inédita, com o título de Pape Satàn Aleppe, inclui alguns trechos de crônicas publicadas originalmente no jornal L’Espresso.
O premiado escritor foi colunista do impresso italiano de 2000 a 2015. Reconhecido como um dos mais importantes pensadores dos últimos tempos, Eco foi o autor de renomadas obras como O Nome da Rosa e Baudolino. O autor morreu em fevereiro de 2016, aos 84 anos.
Os textos da obra são reflexões sobre os fenômenos retratados pelo filósofo polonês Zigmunt Bauman e as questões do cotidiano da “sociedade líquida”. Pautado pelo tema, Umberto Eco abre a série de artigos do livro.
De acordo com a Editora Record, Pape Satàn Aleppe apresenta textos refinados, cheios de humor e com certo deboche. Ao longo das 420 páginas, o escritor italiano fala sobre internet, tecnologia, imprensa, política, racismo, religião, individualismo, privacidade e filosofia.
Confira, abaixo, a sinopse de Pape Satàn Aleppe disponibilizada pela Editora Record:
O último livro escrito por Umberto Eco, uma visão inteligente e atual sobre o mundo de hoje.
Crises ideológicas, econômicas e políticas, individualismo desenfreado e uma relação simbiótica com nossos celulares são alguns dos elementos que compõem o ambiente em que vivemos: o de uma sociedade líquida, onde nada parece fazer sentido ou ter sequer algum significado.
Neste que é seu derradeiro livro, a fim de tornar mais fácil a compreensão de nossa sociedade desnorteada, Umberto Eco nos presenteia com uma coleção de ensaios sobre tudo: de Harry Potter ao 11 de Setembro, passando pelo Twitter, os templários e questões de caligrafia.
Pape Satàn, pape Satàn aleppe, disse Plutão no Inferno de Dante, com espanto, tristeza, ameaça ou talvez ironia. O significado do verso, ainda um mistério para nós, líquido demais, é perfeito, portanto, para caracterizar a confusão de nosso tempo e intitular esta obra.