Melhor não. Está é a máxima que ainda se aplica em muitas atividades brasileiras. Vem do passado, mas ainda se faz presente nas estruturas públicas e privadas. Por que mexer no que está dando certo? Os constituintes autorizados pelo imperador optaram pela continuação do modelo colonial. Assim a jovem nação nasceu centralista e todo o poder seria concentrado em um só lugar: no Rio de Janeiro.
Na capital do império se reuniriam o poder executivo, moderador, legislativo, judiciário e militar. A oligarquia escravista e latifundiária mandaria os seus representantes para a paradisíaca paisagem carioca e lá decidiriam os destinos de todos. Nada de localismo ou de divisão regional de poderes. Eram perigosos e no passado por pouco não dividiram o país como aconteceu no resto do continente sul americano.
Desde a capital governava-se o país e mantinha-se o sistema arcaico e de privilégios que perdurou por 67 anos, até que ruiu com o advento da república. Uma das bandeiras republicanas era a substituição do centralismo pelo federalismo, a descentralização do poder. Quem imaginou que seria uma cópia do modelo americano, errou.
República dos Estados Unidos do Brasil. Um novo nome para um novo regime. As oligarquias não precisavam mais de aval do poder central. Organizaram-se e dominaram a política local e regional. Continuaram no comando, mas agora com muito mais liberdade e desenvoltura e foi aí que nasceu a brasileiríssima prática do toma cá, dá lá.
Coronéis e oligarcas criaram clãs e gerações de políticos que durante 30 anos dominaram os rumos de todos. Indicavam desde o carteiro do povoado até o traçado onde deveriam passar as estradas, ou a construção de pontes e açudes – tudo em suas propriedades. Para sanar esse descalabro, Vargas, outorgou a constituição do Estado Novo. A ordem era centralizar, derrubar as oligarquias estaduais, e enterrar o federalismo da República Velha.
A ditadura concentrou todos os poderes que pode e assim sobreviveu até o final da segunda guerra. Novos tempos. Nova constituição. A volta do federalismo apoiado em partidos nacionais e regionais, agora dominados por políticos profissionais a serviço das classes dominantes. O modelo sobreviveu até o golpe de 1964.
República Federativa do Brasil. Em pleno regime militar um paradoxo: o federalismo passou a fazer parte oficial do nome do país e o poder novamente centralizou. Ainda que aparentemente os estados mantivessem as estruturas do federalismo, todo o movimento político emanava de Brasília e do sistema que se apoderara do poder.
A constituição de 1988 reestabeleceu a descentralização e a liberdade política estadual e municipal. Novas levas de políticos profissionais se apresentaram aliados ao poder econômico na Nova República. O casamento deu tão certo que conseguiram se eternizar no poder, como nos tempos antigos, mas em cenários diferentes.
Mais de três dezenas de partidos, fundos oficiais, horário em cadeia nacional de comunicação, doações de campanhas bilionárias, sofisticado tráfico de influência e a joia da coroa: o foro privilegiado para todos os que têm ligações com o Estado. Quando não havia a internet, o smartphone, a pluralidade de veículos, a população sequer tinha conhecimento do que a elite decidia, agora com tudo na mão assiste aparvalhada o circo dos corruptos.
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