São Paulo 27/10/2020 –
A Unipac apresenta para o mercado as embalagens plásticas inteligentes, que fazem uso da tecnologia para comunicar as condições de um produto. A empresa atenderá, inicialmente, o segmento de defensivos agrícolas e a novidade mostrará tanto para o fabricante como para o produtor rural e demais públicos envolvidos que o conteúdo da embalagem é autêntico.
Desenvolvido em parceria com o CIAg – Centro de Inovação no Agronegócio (fundação sem fins lucrativos, criada e mantida pela controladora do Grupo Jacto, do qual a Unipac faz parte), o sistema que contribuirá com o mercado de defensivos agrícolas fará a leitura – via aplicativo de celular – de uma tag aplicada no selo colocado na tampa da embalagem. A partir disso, todos os dados e informações disponíveis em banco de dados na nuvem para confirmar a autenticidade do produto podem ser acessados.
A identificação é feita com a tampa fechada, pois, uma vez aberta, a tag fica destruída. Quando a embalagem sai da linha de envase, um leitor de radiofrequência captura o número identificador único, presente em cada tag, e o carrega num banco de dados. Desse ponto em diante, a simples abertura da tampa permitirá a identificação da violação por meio do aplicativo.
Dentre os principais benefícios do novo sistema estão: o combate à ilegalidade, preservação da imagem da marca, maior segurança ao produtor, aumento de market share por menor interferência de produtos adulterados e falsificados e a possibilidade de explorar outros tipos de informações pertinentes ao negócio, além de contribuir positivamente com a economia formal.
A solução proposta pela Unipac elimina subjetividades na autenticação da embalagem pelo olho humano, como ocorre no caso de selos holográficos. Além disso, impede o reenvase de produto oriundo de contrafação em embalagem original, pois serve justamente para provar se a embalagem foi ou não violada. Havendo a constatação de rompimento por meio do sistema da Unipac, provavelmente o produto não é autêntico ou pode ter sido adulterado. Outras vantagens que merecem destaque: o sistema não afeta a reciclabilidade da embalagem; e não precisa alterar a linha de envase do cliente – é necessário somente a instalação do leitor NFC após a indução dos selos, um investimento muito inferior, se comparado às vantagens que a solução apresenta.
Embalagens próprias e de clientes
A solução já está em teste e a previsão é que as embalagens estejam no mercado a partir de 2021. O pré-lançamento contempla a aplicação de tags nas versões de 1 litro e de 5 litros do portfólio da Unipac. Para o próximo ano, haverá expansão para as embalagens de 20 litros e a empresa já possui iniciativas de prospecção em outros mercados potenciais.
As embalagens inteligentes da Unipac serão comercializadas por módulos de serviços, como leitura de autenticidade, relatórios de vendas, mapas de locais ondem mais ocorrem adulterações, inteligência de mercado com base em informações capturadas e recomendações de mercado. O aplicativo estará disponível para Android e, em breve, IOS, e utilizará o leitor NFC dos smartphones. Também poderá ser acessado via web.
“O ponto central das embalagens inteligentes no momento é a autenticidade, porém a Unipac pode propor outras soluções, a exemplo da rastreabilidade (leitura passiva). E há, ainda, outras frentes previstas, como uma maior interação do agricultor com o fabricante”, comenta André Silvestre, Gerente de Vendas do Segmento Embalagem da Unipac.
Um sistema mais que necessário
De acordo com um estudo produzido em 2019, pelo Instituto de Desenvolvimento Econômico e Social das Fronteiras (IDESF), cerca de 20% dos defensivos agrícolas comercializados no Brasil são de origem ilegal. Cálculos da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) apontam que o mercado ilegal de agroquímicos causa um prejuízo anual estimado de aproximadamente R$ 8 bilhões.
Muitos compram sem saber que o produto é ilegal e as adulterações podem ocorrer em diversas etapas: onde é comercializado, durante o transporte ou quando chega ao local de aplicação. “Com esse sistema que estamos propondo, cada selo de indução terá um RG único. Então, se houver violação da embalagem e a inclusão de um novo selo, este não coincidirá com as informações existentes na base de dados e vai acusar que o conteúdo não é autêntico. Com isso, queremos ajudar o mercado a reduzir a contrafação. Essa solução vai muito além de vender um serviço ou uma embalagem inteligente. Ela não só vai contribuir com a redução de algo que é impactante para o mercado de defensivos agrícolas, como também promover ainda mais a interação entre o fabricante e o agricultor”, finaliza.
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