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Empresas passam a se posicionar cada vez mais quanto à diversidade e inclusão

São Paulo, SP 31/8/2020 – “Faz parte do nosso propósito contribuir para que empresas possam entender o poder da linguagem nos processos de acolhimento e inclusão”, destaca Shereiber.

Um estudo realizado pela CKZ Diversidade, em parceria com o Great Place to Work e Núcleo de Estudos em Organizações e Pessoas, avaliou as políticas de inclusão e diversidade dentro das empresas ao longo de seis meses. CEOs, executivas e profissionais de recursos humanos de diversas organizações foram entrevistados. Foi constatado que as empresas estão se posicionando mais em relação à diversidade e à inclusão. Os resultados mostraram que 60% das companhias possuem práticas nesse sentido, enquanto que 40% contam com uma política oficial de diversidade.

Os resultados da pesquisa sobre práticas na gestão da diversidade também apontam as multinacionais como líderes. Algumas das práticas são: a garantia de uso de nome social em crachás e email, banheiros unissex, canais de denúncias anônimas, política de zero tolerância a desrespeito e assédio, recrutamento às cegas, parcerias com entidades externas para recrutamento intencional de públicos específicos (mulheres, negros, LGBTQIA+, PCD´s etc), uso de linguagem neutra, entre outras.

O aplicativo de idiomas Babbel, que é considerada uma das empresas de educação mais inovadoras da Europa, recebeu o Prêmio Alemão de Excelência em RH pelo projeto Stranger Talks (Conversa entre Estranhos), idealizado pelo linguista brasileiro Vitor Shereiber, que é Gerente de Projetos Didáticos da Babbel. Trata-se de uma série de apresentações internas direcionadas à discussão de questões sobre diversidade – não só na linguagem, que é o produto da empresa, mas também nas relações sociais e profissionais. Um dos temas recorrentes é a linguagem inclusiva, por exemplo. No Brasil, a empresa acabou de fazer uma parceria com a TransEmpregos – o maior banco de currículos e vagas para profissionais trans. O objetivo é investir na capacitação das pessoas inscritas por meio de cursos de idiomas on-line gratuitos.

De acordo com a LinkedIn Top Voice e cofundadora da TransEmpregos, Maite Schneider, “uma das maiores dificuldades é a capacitação profissional, principalmente quando se trata de idiomas. Poder oferecer um curso de idiomas para essas milhares de pessoas trans que a gente já conseguiu empregar – e também para as que estão se capacitando enquanto procuram vagas – é um upgrade”, comenta.

A TransEmpregos atualmente possui uma base de dados de cerca de 20 mil currículos. “Temos atualmente 487 empresas parceiras. Há seis anos, fundamos a organização com o objetivo de que, depois de 15 anos, a TransEmpregos não seria mais necessária. Isso porque, depois de mais de uma década, temos a esperança de que a consciência coletiva já deverá ter entendido que competência e talento não têm nada a ver com orientação sexual, credo, gênero e etnia. Espero que em 9 anos a gente possa fazer uma festa de encerramento”, brinca Maite.

Em breve, a parceria entre Babbel &TransEmpregos também lançará um guia de linguagem inclusiva para auxiliar as empresas parceiras da organização. O material ainda está em fase de elaboração, mas será lançado gratuitamente este ano.

“A valorização da diversidade está em todo o escopo da Babbel, inclusive nos cursos. Sempre buscamos elaborar lições que abordem questões de gênero, por exemplo. Faz parte da nossa responsabilidade social contribuir com o que já aplicamos no dia a dia da empresa, sediada em Berlim, na Alemanha, para que empresas mundo afora possam entender o poder da linguagem nos processos de acolhimento e inclusão”, explica Shereiber.

Website: https://pt.babbel.com/

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Anderson Scardoelli

Jornalista "nativo digital" e especializado em SEO. Natural de São Caetano do Sul (SP) e criado em Sapopemba, distrito da zona lesta da capital paulista. Formado em jornalismo pela Universidade Nove de Julho (Uninove) e com especialização em jornalismo digital pela ESPM. Trabalhou de forma ininterrupta no Grupo Comunique-se durante 11 anos, período em que foi de estagiário de pesquisa a editor sênior. Em maio de 2020, deixou a empresa para ser repórter do site da Revista Oeste. Após dez meses fora, voltou ao Comunique-se como editor-chefe, cargo que ocupou até abril de 2022.

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