O Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência, instituído pela Organização das Nações Unidas – ONU, em 2015, é comemorado no dia 11/02. Para além da data, os meses de fevereiro e março introduzem o debate sobre avanços ainda necessários em igualdade de gênero em todos os âmbitos – acadêmico, civil e empresarial.
Apesar da falta de profissionais para trabalhar na maioria dos campos tecnológicos da atualidade, as mulheres ainda representam 28% dos formados em engenharia e 40% na ciência da computação e informática, de acordo com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura – UNESCO. No setor privado, empresas têm estabelecido metas para aumentar a participação feminina em todas as áreas.
É o caso da Reckitt Industrial, que é parte do Grupo Reckitt – multinacional de bens de consumo de higiene, saúde e nutrição com marcas como Veja, Vanish, SBP, Sustagen, Jontex, Luftal e Veet em seu portfólio. Dos 76 colaboradores na área de Pesquisa e Desenvolvimento, considerada estratégica para a empresa, 55 são mulheres. Elas também são maioria no grupo de cientistas da companhia, formado por 26 mulheres e 11 homens.
“Garantir a participação plena e efetiva das mulheres e a igualdade de oportunidades para a liderança em todos os níveis de tomada de decisão”, objetivo ligado ao Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) número 5, passa por incluir meninas e mulheres em espaços até recentemente dominados por homens, entre eles a ciência. “A presença das mulheres nas empresas é importante por si só, mas é crucial observar em que áreas elas estão atuando”, destaca Nivia Belopede, diretora de RH da Reckitt Industrial, “temos orgulho de ver mulheres liderando os times de inovação, desenvolvimento de produto e pesquisa na nossa companhia”.
Tamara Oliveira, Coordenadora da área de Pesquisa e Desenvolvimento da Reckitt Industrial, é uma delas. No seu dia a dia, Tamara cria e testa novas formulações de produtos de higiene usado por milhares de consumidores todos os dias. Para ela, pensar em inovações que vão facilitar a vida das pessoas através de novas fórmulas ou produtos é a melhor parte de trabalhar com a produção científica no setor privado. Formada em Engenharia de Materiais e bacharel em Ciência e Tecnologia, destaca que a curiosidade é a principal característica de um cientista: “Eu sempre fui muito curiosa, e é isso que gostaria que mais meninas acreditassem: que elas podem ser curiosas, elas podem querer aprender algo novo e desafiador”.
Contar com mais mulheres na área de Pesquisa e Desenvolvimento também impacta no resultado final: “Ter profissionais com formações diferentes e, principalmente, histórias e bagagens diversas faz muita diferença na construção de novas soluções, produtos ou processos”, observa Tamara, que declara seu amor pela ciência. “A ciência permite que a gente cresça, aprenda, desenvolva e seja um pouquinho diferente a cada dia. É uma porta que se abre para sempre”.
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