Engajamento e retenção – artigo do escritor Tom Coelho

“Se todos estão indo adiante juntos, então o sucesso encarrega-se de si mesmo.”
(Henry Ford)

Um dos maiores desafios atuais no mundo corporativo é a chamada retenção de talentos, ou seja, como manter os profissionais nas organizações e com elevado nível de comprometimento.

Refletindo a este respeito, selecionei um time com 11 iniciativas que você poderá adotar em sua empresa. Vamos a elas:

  1. Remuneração. O salário é certamente fator de grande relevância e impacto, especialmente nos níveis hierárquicos mais operacionais, nos quais mesmo as pequenas ofertas de aumento são definitivas para mudança de emprego. Porém, é um aspecto que não se sustenta isoladamente, em especial a longo prazo.
  2. Benefícios. Assistência médica e odontológica, refeitório, cesta básica, acompanhamento nutricional, espaço para prática de atividades físicas ou convênio com academias, avaliação física, ginástica laboral, check-up periódico, descontos na aquisição de medicamentos, custeio de cursos em universidades, jornada flexível de trabalho. Muitos são os benefícios que podem ser ofertados aos empregados, como forma de remuneração indireta, evitando-se o custo tributário. Selecione-os de acordo com o porte de sua empresa e o perfil de seus funcionários.
  3. Treinamento e desenvolvimento. Diante da baixa qualidade do ensino em nosso país, cabe às empresas promover programas contínuos de capacitação para o aprimoramento profissional dos trabalhadores, elevando a autoestima destes e melhorando a produtividade e a competitividade.
  4. Liderança educadora. É notório que muitos profissionais se demitem não das organizações, mas sim de seus líderes. Analogamente, há aqueles que optam por permanecer na empresa por respeito e admiração a lideranças dignas, capazes de demonstrar real interesse por cada membro de sua equipe, compartilhando conhecimento, instruindo, incentivando, exercendo o poder com autoridade e não com autoritarismo, enfim, perseguindo resultados, porém aliando-os às expectativas dos trabalhadores.
  5. Autonomia. Bons profissionais postulam evoluir dentro da organização, com a possibilidade de atuarem de maneira proativa e contributiva, e não apenas exercendo funções meramente responsivas. Para tanto, é necessário praticar o empowerment, ou seja, a gestão através do poder compartilhado, concedendo o direito de tomar decisões e delegando autoridade na proporção da responsabilidade e de acordo com as competências do colaborador.
  6. Clima organizacional. Não ficamos envolvidos com nosso trabalho por apenas oito horas diárias. Se considerarmos as eventuais e cada vez mais frequentes horas extras, o tempo com deslocamento e as demandas constantes por e-mail e celular, dedicamos metade de nosso dia à vida laborativa. Por isso, o ambiente de trabalho precisa ser harmonioso e amigável, além de reunir infraestrutura adequada e confortável.
  7. Espaço para o sonho. Certa vez um amigo comentou que ao preencher o questionário de avaliação da empresa, aplicado a todos os funcionários para balizar o planejamento estratégico do ano seguinte, uma das questões formuladas era: “Descreva um sonho pessoal que você ainda não realizou e o porquê”. Na ocasião, ele anotou que há anos desejava escrever um livro, mas que ainda não o fizera por falta de tempo. Quando a companhia finalizou o planejamento, entregando a todos um plano de ação, uma das metas definidas especificamente para ele era “escrever o livro”. Mais ainda, a empresa lhe proporcionou curso de administração do tempo e reservou horário semanal para que ele se dedicasse à redação da obra. Escrever um livro de caráter pessoal não tem relação direta com o propósito da corporação. Entretanto, ao adotar tal postura, valoriza-se de tal forma o profissional que o mesmo passa a se empenhar ainda mais em sua atividade.
  8. Tratamento igualitário. Assumir o respeito como valor essencial, independentemente de gênero, raça, condição socioeconômica, credo e orientação sexual, oferecendo também atenção especial às pessoas com deficiência.
  9. Orgulho de pertencer. Um ótimo termômetro para verificar o grau de comprometimento de sua equipe está em observar como eles cuidam da imagem da empresa. Os empregados consomem os produtos e serviços que representam? Sentem orgulho ou vergonha de dizerem onde trabalham? Como se manifestam sobre a companhia nas redes sociais?
  10. Reconhecimento e valorização. Você pode ir além dos convencionais planos de carreira, aumentos e bônus salariais, participação nos lucros e resultados. Considere homenagear os profissionais por tempo de empresa, oferecendo-lhes certificados, placas comemorativas e souvenirs. Elogie-os publicamente, divulgue nas mídias internas e até nos veículos locais. Em maior ou menor grau, todos nós desejamos e apreciamos carinho e afago.
  11. Celebração. Por fim, comemore! Seja uma meta atingida, um novo cliente conquistado ou os aniversariantes da semana, é preciso celebrar. Isso gera estímulo e impulsiona novas conquistas. E, lembre-se, não é necessário fazer nada dispendioso. Vale um bolo de padaria acompanhado de água, suco e refrigerante, num final de tarde de sexta-feira. O que realmente importa é o motivo e o ato de confraternizar.

Vale salientar que todas estas iniciativas são potencializadas quando a missão, a visão e, em especial, os valores corporativos estão muito bem definidos, divulgados e alinhados ao propósito pessoal de cada integrante da empresa.

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Gestão com empatia

O caminho do meio

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Anderson Scardoelli

Jornalista "nativo digital" e especializado em SEO. Natural de São Caetano do Sul (SP) e criado em Sapopemba, distrito da zona lesta da capital paulista. Formado em jornalismo pela Universidade Nove de Julho (Uninove) e com especialização em jornalismo digital pela ESPM. Trabalhou de forma ininterrupta no Grupo Comunique-se durante 11 anos, período em que foi de estagiário de pesquisa a editor sênior. Em maio de 2020, deixou a empresa para ser repórter do site da Revista Oeste. Após dez meses fora, voltou ao Comunique-se como editor-chefe, cargo que ocupou até abril de 2022.

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