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Ensino remoto de emergência não é igual a ensino online

São Paulo 18/6/2020 –

Parece óbvio dizer, mas a verdade é que as experiências de aprendizado online, quando bem planejadas, são muito diferentes dos cursos oferecidos online em resposta emergencial a uma crise ou desastre. Aprender remotamente não é equivalente a aprender online.

Devido à pandemia mundial da Covid-19, faculdades e universidades enfrentaram decisões sobre como continuar a vida acadêmica, mantendo seus professores, funcionários administrativos e estudantes em quarentena e trabalhando remotamente.

Não é segredo para ninguém que a mudança do ensino presencial para o online aumenta a flexibilidade do ensino e, é claro, da própria aprendizagem, pois permite um esquema 24/7, ou seja, em qualquer lugar, a qualquer hora. Mas não se deve esquecer que algo importante está acontecendo agora: a velocidade com que essa mudança foi desencadeada é sem precedentes, como tudo o que isso implica.

É óbvio que nem todos estavam preparados para essa mudança no modelo de ensino e isso foi observado nas semanas de confinamento. Há instituições que simplesmente transferiram a sala de aula para o online, o que é um erro grave, porque levar apenas o número de horas presenciais a horas via videoconferência só gera o desconforto de milhares de estudantes. É preciso planejar a aula online de forma estratégica, de forma a envolver os alunos. E para isso, os professores também precisam ser preparados.

Nem todos os caminhos levam a Roma

O aprendizado online é diferente do ensino em sala de aula. Talvez os objetivos possam ser os mesmos, como gerar conhecimento e desenvolver habilidades nos alunos, mas os caminhos para chegar lá não são iguais.

O aprendizado online exige, em primeiro lugar, os recursos tecnológicos e técnicos necessários para atender professores e alunos, além de conteúdo digitalizado e plataformas que facilitam o ensino, desde locais virtuais seguros para o upload de atividades que permitem a qualificação e administração do curso, até sistemas confiáveis de videoconferência.

A verdade é que, dependendo da instituição em questão, haverá diferentes sistemas e plataformas para sua comunidade. Algumas faculdades e universidades investem em sistemas, tecnologia e treinamento para seus professores há anos. Enquanto outras mal entram neste terreno promissor da educação a distância.

Hoje, devido à crise da saúde, ninguém sabe realmente quando será possível voltar à relativa normalidade. Por medo de surtos ou novas ondas da doença, espera-se que os cursos online continuem durante o próximo semestre, por isso será necessário se acostumar com a ideia de que a educação online continuará no futuro. Este período inicial será como um período de transição.

Em um cenário possível para o próximo ano letivo, existe a possibilidade do ensino continuar online, especialmente se houver novas mutações da Covid-19. O segundo cenário é retornar às salas de aula, mas agora com melhores plataformas para realizar a educação online como um complemento à educação presencial. Um terceiro cenário seria o chamado “ensino híbrido”, que é união da educação dita “tradicional”, e daquela suportada por tecnologias online, para explorar ao máximo as capacidades e o potencial dos alunos, além de manter o interesse do mesmo.

Em resumo: o que foi visto nos últimos meses foi uma marcha forçada em direção à educação on-line, mas agora há uma oportunidade de aproveitar a atual crise de saúde para melhorar essa oferta graças à tecnologia. Será necessário aproveitar essa etapa para promover a transformação digital da instituição, avançar na melhoria do ensino on-line e oferecer educação de qualidade aos nossos jovens.

Por Peterson Theodorovicz, Diretor da D2L Brasil

Mais informações sobre educação na quarentena estão disponíveis em: https://www.d2l.com/en/covid-19/

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Anderson Scardoelli

Jornalista "nativo digital" e especializado em SEO. Natural de São Caetano do Sul (SP) e criado em Sapopemba, distrito da zona lesta da capital paulista. Formado em jornalismo pela Universidade Nove de Julho (Uninove) e com especialização em jornalismo digital pela ESPM. Trabalhou de forma ininterrupta no Grupo Comunique-se durante 11 anos, período em que foi de estagiário de pesquisa a editor sênior. Em maio de 2020, deixou a empresa para ser repórter do site da Revista Oeste. Após dez meses fora, voltou ao Comunique-se como editor-chefe, cargo que ocupou até abril de 2022.

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