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Entidade dispara: jornalistas foram agredidos por “milicianos bolsonaristas”

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Jair Bolsonaro: criticado por ABI, Abraji, Fenaj e Sinjorba. (Imagem: Arquivo/Agência Brasil)

ABI repudia agressões sofridas por integrantes de afiliadas do SBT e da Globo

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A Associação Brasileira de Imprensa (ABI) não tem dúvidas em relação a quem protagonizou mais um episódio de agressão contra jornalistas em pleno exercício da profissão. De acordo com a entidade, o episódio ocorrido no interior Bahia na tarde de domingo, 12, foi conduzido por “milicianos bolsonaristas”.

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Em nota de repúdio assinada por seu presidente, Paulo Jeronimo, a ABI afirma que quatro jornalistas foram “covardemente agredidos” enquanto cobriam a passagem do presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), por Itamaraju, município do sul baiano que tem sofrido com as fortes chuvas das últimas semanas.

Ao prestar solidariedade aos jornalistas agredidos, a entidade citou os nomes deles, que representam afiliadas locais do SBT e da Rede Globo de Televisão. Os profissionais envolvidos na situação foram Camila Marinho e Cleriston Santana (TV Bahia/Globo) e Xico Lopes e Dário Cerqueira (TV Aratu/SBT).

A ABI exige o afastamento imediato do segurança do presidente Bolsonaro

Para além de lamentar a agressão por parte de seguranças e “milicianos bolsonaristas”, a associação fez questão de ressaltar que espera que medidas sejam tomadas de imediato pelo governo federal e demais autoridades competentes. “A ABI exige o afastamento imediato do segurança do presidente Bolsonaro, além da sua denúncia à Justiça, juntamente com o outro agressor, ambos perfeitamente identificáveis pelas imagens”, informa a entidade em trecho da nota.

Outras entidades se posicionam

A ABI não ficou sozinha na defesa dos jornalistas agredidos no último fim de semana — e diante da presença do presidente da República. A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) lamentou o ocorrido e, por meio de nota oficial, exigiu que Bolsonaro “cesse os ataques verbais contra a imprensa, os quais incentivam sua militância a agredir repórteres e impedir seu trabalho, o qual é garantido pela Constituição Federal”.

Em conjunto, a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) e o Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado da Bahia (Sinjorba) também se manifestaram — e com direito a críticas diretas ao mandatário do país, definido com alguém de “comportamento agressivo”.

Postura antidemocrática e autoritária que caracteriza esta corrente política e é sua forma de imposição

“Na raiz da violência do presidente, seguranças e seguidores, está a postura antidemocrática e autoritária que caracteriza esta corrente política e é sua forma de imposição e reconhecimento”, reclamaram Fenaj e Sinjorba. “Este governo elegeu a imprensa como inimiga porque quer se esconder da sociedade e omitir da população a tragédia que são os três anos da pior gestão presidencial da história democrática do país”, prosseguiram as entidades.

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Anderson Scardoelli

Jornalista "nativo digital" e especializado em SEO. Natural de São Caetano do Sul (SP) e criado em Sapopemba, distrito da zona lesta da capital paulista. Formado em jornalismo pela Universidade Nove de Julho (Uninove) e com especialização em jornalismo digital pela ESPM. Trabalhou de forma ininterrupta no Grupo Comunique-se durante 11 anos, período em que foi de estagiário de pesquisa a editor sênior. Em maio de 2020, deixou a empresa para ser repórter do site da Revista Oeste. Após dez meses fora, voltou ao Comunique-se como editor-chefe, cargo que ocupou até abril de 2022.

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