São Paulo/SP 14/10/2020 – Foram 331 empresas interessadas, de 42 países. Sob rigorosos critérios, um comitê composto por 17 avaliadores licenciou apenas 28, sendo 2 delas no Brasil!
Por décadas, ninguém foi capaz de imaginar o poder e a velocidade com que uma pandemia viral ameaçaria vidas humanas, colapsaria estruturas inteiras de saúde públicas e privadas, bem como alteraria rotinas por todo o mundo.
Até que no final do ano de 2019 e início do ano de 2020 o coronavírus responsável pela SARS-CoV-2 (COVID-19), mostrou como a Humanidade é vulnerável e revelou o despreparo para enfrentar um vírus letal de proporções mundiais.
Logo após a sua identificação e classificação como pandemia em tempo recorde, muito foi feito para entender o vírus e suas consequências.
Protocolos foram desenvolvidos e colocados em prática, recomendações e orientações redefiniram comportamentos sociais impondo deveres, direitos, formas e limites. As sociedades se organizaram em ações coletivas que contribuíram bastante para desacelerar a contaminação.
Mas, mesmo com todos esses esforços, dia a dia milhares de pessoas foram impactadas pelos mais cruéis sintomas desse vírus, principalmente as limitações respiratórias e consequências correlatas; debilitando em diferentes intensidades as funções vitais, deixando sequelas, ceifando vidas e desfalcando milhões de famílias.
Pacientes continuaram chegando a cada minuto aos hospitais do mundo todo, e a demanda por um equipamento imprescindível para o tratamento, os ventiladores (respiradores artificiais), elevou-se repentinamente e em pouco tempo não foi mais possível adquiri-los; Toda a produção mundial dessas máquinas já estava comprometida e com destinos definidos.
Uma verdadeira correria para comprar respiradores se iniciou, e uma questão assolou o mundo: “E agora, com todos os fabricantes desses equipamentos em seus limites, onde compraremos?”
Enquanto os meses se passaram, os respiradores seguiam escassos no mercado e os fornecedores continuam sem conseguir atender o elevado número de pedidos.
A complexidade dos sistemas que os compõem faz com que poucas empresas detenham tecnologia e capacidade técnica para conseguir entregá-los às áreas da saúde com qualidade e funcionalidades compatíveis.
Nessa verdadeira guerra contra o coronavírus, um batalhão de profissionais das mais variadas áreas da saúde, engenharia, biotecnologia, entre muitas outras se uniram para propor as mais variadas soluções.
Diante de tamanho desafio, o Laboratório de Propulsão a Jato (JPL – Jet Propulsion Laboratory) da Agência Espacial Norte Americana (NASA), com toda sua capacidade técnica e experiência em solucionar problemas, debruçou-se sobre uma questão-base: desenvolver um projeto de ventilador/respirador que ofereça elevada qualidade funcional e que seja possível ser fabricado rapidamente, em larga escala, com poucos insumos e recursos financeiros. Em pouco tempo chegaram ao projeto final de um ventilador/respirador com todas essas características aliadas ao design flexível, o que significa que também pode ser modificado para uso em hospitais de campanha.
Vencida essa etapa de projeto pelos engenheiros do JPL da NASA, em apenas 37 dias o equipamento recebeu a Autorização de Uso de Emergência do FDA – Food and Drug Administration (Agência Federal do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos). Em seguida o Escritório de Transferência de Tecnologia e Parcerias Corporativas, que possui as patentes e software do VITAL, começou a fase de credenciamento de empresas que desejavam produzir esse equipamento localmente em seus países.
Nesse período foram 331 interessados, de 42 países diferentes. Sob rigorosos critérios, um comitê composto por 17 avaliadores aprovaram e licenciaram 28 empresas no mundo para executarem a produção.
No Brasil, receberam autorização, o CIMATEC (Centro Integrado de Manufatura e Tecnologia), referência em desenvolvimento tecnológico mantido pelo SENAI-FIEB em Salvador/BA juntamente com a Russer Brasil Ltda., empresa do segmento de equipamentos médicos sediada na cidade de Indaiatuba/SP.
A próxima e última etapa passou a ser a nacionalização de partes do equipamento, mantendo os critérios do projeto da NASA.
Com complexas e nem sempre boas estruturas de distribuição de energia, nosso país sofre com problemas de energia elétrica. Foi com base nisso que ambas empresas escolheram a Ragtech como parceira para desenvolvimento de um equipamento garantidor de rede elétrica de qualidade e provedor temporário de energia em caso de interrupção ou problemas no sistema de fornecimento da infraestrutura hospitalar ou local de instalação.
Em apenas 45 dias a Ragtech desenvolveu um nobreak capaz de atender todos os parâmetros e necessidades do projeto VIDA (VITAL/JPL-NASA) como um importante acessório que, quando combinado ao respirador/ventilador, confere proteção elétrica e segurança efetiva ao correto funcionamento e operação.
Foi possível notar um entusiasmo e orgulho enorme da indústria nacional ao produzir equipamentos que oferecem benefícios reais às pessoas. São centenas de brasileiros profissionais de saúde, engenheiros, técnicos envolvidos com um só objetivo, salvar vidas.
Website: http://www.ragtech.com.br
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