Em 10 anos de profissão, o repórter Márcio Adalto, do SBT, nunca passou por uma situação tão complicada quanto a desta semana. Ao lado do cinegrafista Evinho Centurion, ele acabou sendo agredido pela polícia militar. A equipe da emissora no interior de São Paulo estava acompanhando a primeira audiência de instrução do ex-prefeito de Urânia, Francisco Airton Saracuza (PP), que foi preso após uma operação do Ministério Público (MP) e da Polícia Federal em março deste ano.
“Lamentável. É um sentimento de indignação. Já cobri diversos conflitos envolvendo policiais e nunca vivi isso”, conta o repórter. De acordo com as informações do comunicador, ele estava entrevistando o advogado de defesa quando os réus chegaram. Os jornalistas foram impedidos de gravar as imagens. “Fomos impedidos de forma brutal pelo sargento da polícia militar, Itamar Oliveira. Ele não deixou registrar as imagens. Pedimos, mas infelizmente o que aconteceu foi uma sucessão de agressões”, lamenta.
Na reportagem que fala sobre o caso, o SBT veiculou as imagens que mostram o momento da agressão. “Não é para filmar, se não vou recolher a câmera. É determinação que não é para filmar”, disse o sargento. O repórter questiona e afirma que está em lugar público, mas não adianta. “Se apontar a câmera, vou recolher o equipamento”, argumentou o PM.
Sem aceitar a situação de censura, o repórter passa a filmar com o próprio celular, enquanto o cinegrafista está com a câmera sendo segurada pelo policial. Em determinado trecho do vídeo, o celular cai no chão e é possível ouvir no fundo o sargento pedindo “respeito” e avisando que pode “arrebentar o aparelho no chão”. “Não vem com palhaçada aqui não!”, disse o PM. O aparelho acabou sendo danificado com a queda. No final, as imagens não foram gravadas. “Ficamos abalados com tudo isso, mas estamos aqui porque a nossa função é dar a notícia”, ressaltou Márcio Adalto.
Segundo o SBT, a assessoria de imprensa da polícia militar informou que vai apurar o caso em procedimento administrativo após a avaliação das imagens. Disse ainda que a PM estava no local para manter a ordem pública e que a equipe “contrariou” a orientação do sargento para não fazer as imagens do local.
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