Segundo os dados apresentados na Sondagem da Construção do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV IBRE), o Índice de Confiança da Construção (ICST) subiu 1,2 ponto em maio de 2024, atingindo 96,4 pontos, após dois meses consecutivos de queda. Conforme informado na publicação, na média móvel trimestral, o índice recuou 0,4 ponto. Essa retomada de confiança foi observada nos três grandes segmentos da atividade: Edificações, Infraestrutura e Serviços Especializados.
O relatório aponta dados informando que o Indicador de Evolução da Atividade registrou a maior alta mensal desde julho do ano passado. No entanto, a confiança abaixo de 100 pontos ainda reflete as dificuldades enfrentadas pelas empresas do setor. A publicação informa que a tragédia ambiental no Rio Grande do Sul, embora não tenha impactado os indicadores consolidados, exige acompanhamento dos possíveis efeitos secundários nos próximos meses, de acordo com os comentários feitos por Ana Maria Castelo, Coordenadora de Projetos da Construção do FGV IBRE.
A publicação apontou que o resultado do ICST de maio foi influenciado tanto pela melhora das avaliações sobre o momento atual quanto pelas expectativas para os próximos meses. O Índice de Situação Atual (ISA-CST) avançou 1,2 ponto, atingindo 95,3 pontos, enquanto o Índice de Expectativas (IE-CST) subiu 1,3 ponto, chegando a 97,8 pontos.
No relatório, é possível observar que o aumento do ISA-CST resultou dos avanços nos indicadores de situação atual dos negócios e volume de carteira de contratos, que cresceram 1,0 ponto e 1,3 ponto, respectivamente. Da mesma forma, os componentes do IE-CST mostraram melhora: o indicador de demanda prevista para os próximos três meses subiu 0,7 ponto, alcançando 98,7 pontos, e o indicador de tendência dos negócios para os próximos seis meses cresceu 1,8 ponto, atingindo 96,8 pontos, conforme divulgado no documento.
No entanto, o estudo ainda mostra que o Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) da construção manteve-se estável em 79,9%. O NUCI de Mão de Obra variou ligeiramente, com uma queda de 0,1 ponto percentual para 81,2%, enquanto o NUCI de Máquinas e Equipamentos subiu 0,7 ponto percentual, chegando a 75,3%.
José Antônio Valente, diretor da empresa locadora de equipamentos Trans Obra, afirmou que a melhora no Indicador de Evolução da Atividade, que registrou a maior alta mensal desde julho do ano passado, sugere que há um aumento na demanda por equipamentos de construção, especialmente aqueles utilizados em obras de infraestrutura e edificações. “Isso é um sinal positivo para o mercado de locação, que pode se preparar para um aumento na procura por suas máquinas e ferramentas. Para o mercado de locação de equipamentos, isso significa que as empresas devem estar prontas para ajustar suas ofertas e serviços para responder rapidamente a mudanças nas demandas regionais”.
A sondagem publicada informa ainda que coletou informações de 584 empresas entre os dias 2 e 23 do mês. A próxima divulgação da Sondagem da Construção está prevista para o dia 25 de junho de 2024.
Sobre o relatório, José Antônio afirmou que esses dados são cruciais para entender o panorama atual e futuro da construção civil no Brasil, refletindo as expectativas e desafios enfrentados pelas empresas do setor. José Antônio continuou dizendo que as perspectivas para o futuro próximo são positivas, com expectativas de aumento na demanda por equipamentos de construção e por esse motivo, existe um planejamento bem estruturado na unidade da empresa de locação de equipamentos em Joinville, Santa Catarina. “As empresas de locação devem se preparar para aproveitar as oportunidades decorrentes da retomada da confiança no setor, ao mesmo tempo em que permanecem vigilantes quanto às possíveis mudanças nas condições econômicas e ambientais”.