Segundo os dados apresentados pela Pesquisa Industrial Mensal de Produção Física (PIM-PF), a produção industrial brasileira registrou uma queda de 0,5% em abril de 2024, em comparação ao mês anterior. Esse recuo foi observado em apenas cinco dos quinze locais pesquisados, com destaque negativo para o Pará (-11,2%) e a Bahia (-5,4%). O Pará, em particular, reverteu o crescimento de 4,7% registrado no mês anterior, enquanto a Bahia interrompeu uma sequência de três meses consecutivos de crescimento, acumulando um ganho de 4,0% nesse período. Goiás (-0,9%), Minas Gerais (-0,5%) e a Região Nordeste (-0,1%) completaram o conjunto de locais com desempenho negativo.
Conforme informado na publicação, a variação positiva de 0,2% no índice de média móvel trimestral da indústria geral foi observada no trimestre encerrado em abril de 2024, comparado ao mês anterior. Em termos regionais, sete dos quinze locais pesquisados apresentaram avanços, com destaque para Pernambuco (4,3%), Rio Grande do Sul (2,9%), Mato Grosso (1,1%) e Ceará (1,0%). No entanto, o Pará (-3,0%), Goiás (-1,5%), Bahia (-1,3%) e Amazonas (-1,0%) mostraram recuos significativos no mesmo período.
Na comparação anual, conforme publicado no relatório, abril de 2024 apresentou um crescimento de 8,4% na produção industrial, com dezesseis dos dezoito locais pesquisados registrando resultados positivos. Este aumento foi impulsionado pelo maior número de dias úteis em abril de 2024 (22 dias) em relação ao mesmo mês do ano anterior (18 dias). Destaques positivos incluíram o Rio Grande do Norte (25,6%), Santa Catarina (16,0%), Pernambuco (13,2%) e Goiás (12,7%). O documento informa que o desempenho desses locais foi impulsionado principalmente pelos setores de produtos alimentícios, vestuário e derivados de petróleo.
O relatório aponta dados acumulados de janeiro a abril de 2024, indicando uma expansão de 3,5% na produção industrial, com crescimento em dezessete dos dezoito locais pesquisados. Rio Grande do Norte (24,4%) e Goiás (11,3%) registraram os maiores avanços, seguidos por Ceará (7,6%), Mato Grosso (6,8%) e outros estados. Em contraste, o Pará apresentou um recuo de 1,7%, pressionado pela queda na atividade de indústrias extrativas.
José Antônio Valente, diretor da empresa locadora de equipamentos Trans Obra, afirmou que a expansão acumulada de 3,5% de janeiro a abril de 2024 em praticamente todos os estados pesquisados também é um indicador de recuperação econômica. José Antônio continuou dizendo que locais como Rio Grande do Norte e Goiás, com os maiores avanços, sugerem um mercado robusto para locação de equipamentos, dado o aumento na atividade de setores específicos como alimentos e biocombustíveis. “Empresas de locação devem focar nesses estados para maximizar a utilização de seus equipamentos, adaptando suas estratégias de marketing e logística para aproveitar as oportunidades. Os dados da PIM-PF destacam a importância de uma abordagem adaptativa e regionalizada para a locação de equipamentos de construção, a fim de maximizar a eficiência e o atendimento às necessidades do mercado”.
A taxa anualizada, que considera os últimos doze meses até abril de 2024, registrou um avanço de 1,5%, continuando a tendência de crescimento observada nos meses anteriores. Dos dezoito locais pesquisados, doze mostraram taxas positivas, com Maranhão, Santa Catarina e Pernambuco apresentando os maiores ganhos entre março e abril de 2024. Contudo, o Pará, ao passar de 6,4% para 5,0%, teve a maior perda no período.
Perguntado sobre o assunto, José Antônio afirmou que como especialista em locação de equipamentos em Itapema, Santa Catarina, observo que os dados apresentados pela Pesquisa Industrial Mensal de Produção Física (PIM-PF) refletem tendências importantes que podem influenciar o setor da construção civil. A queda de 0,5% na produção industrial em abril de 2024, especialmente em estados como Pará e Bahia, sugere um cenário de instabilidade que pode impactar a demanda por locação de equipamentos de construção. “A reversão do crescimento no Pará e a interrupção do crescimento na Bahia destacam a volatilidade regional, o que reforça a necessidade de estratégias de gestão de estoque e locação flexíveis para atender a variações inesperadas na demanda”.
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