Como robôs políticos influenciam no debate? É isso que mostra um estudo feito pela Diretoria de Análise de Políticas Públicas da Fundação Getulio Vargas (FGV/DAPP). Chamado de “Robôs, redes sociais e política no Brasil”, o estudo aponta a necessidade de identificar perfis falsos para diferenciar quais situações são reais.
Segundo o levantamento, na greve geral de abril de 2017 mais de 20% das interações ocorridas no Twitter entre os usuários a favor da greve foram provocadas por robôs. Outros casos são: nas eleições presidenciais de 2014, esses perfis foram responsáveis por 10% de interação; no impeachment de 2015, 10% do debate favorável a queda da presidente e outros 21,43% do debate que defendia a permanência de Dilma foram gerados exclusivamente por falsos perfis.
“O esforço de pesquisa da FGV/DAPP emite um alerta de que não estamos imunes, e que devemos buscar entender, filtrar e denunciar o uso e a disseminação de informações falsas ou manipulativas por meio desse tipo de estratégia e tecnologia. É importante ter atenção e proteger os espaços democráticos inclusive nas redes sociais”, diz o texto da FGV.
O estudo da FGV ainda revela como os robôs afetam a vida das pessoas, como funcionam, como podem ser identificados, além do estudo de 5 casos políticos envolvendo impulsionamento de debate por perfis falsos. A íntegra da pesquisa esta disponível neste link.
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