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Estudo revela frequência de busca em plataformas de vídeo

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Um novo estudo realizado pelo GetApp, plataforma de comparação de softwares, revela que, entre os respondentes que usam plataformas de vídeo para pesquisar online, é alta a frequência com que recorrem a esses canais para tal finalidade. Quase metade dos usuários brasileiros entrevistados (46%) utilizam essas plataformas mais de cinco vezes por dia com o intuito de buscar conteúdo online.

Quando se analisa a frequência de “mais de cinco vezes por dia”, evidencia-se que o total brasileiro se trata do maior percentual entre todos os países em que o GetApp ou uma de suas marcas afiliadas está presente e que lançaram a mesma pesquisa. Depois do Brasil, a Itália aparece com 31%, seguida por Reino Unido (28%), Canadá (21%) e Austrália (19%). 

O estudo contou com a participação de 1033 pessoas de todas as partes do Brasil, que deveriam realizar pelo menos uma busca online por mês. Os outros países que lançaram a mesma pesquisa tiveram a mesma segmentação, com uma variação na quantidade de respondentes. 

Além de abordar a frequência de consultas, os resultados do GetApp indicam que os usuários consideram o conteúdo em vídeo como altamente envolvente (33%), sendo este o principal diferencial apontado por eles. Além disso, a facilidade de encontrar resultados relevantes (27%) e a percepção de que os conteúdos possuem uma qualidade superior (20%) são outros motivos destacados pelos entrevistados.

Para complementar a análise do levantamento, o GetApp convidou profissionais de vídeo para discutir os dados do estudo. Um dos entrevistados é Lucas Amarildo, especialista em YouTube e fundador da Pulzer, que explica que a expectativa por encontrar respostas completas e eficientes no formato de vídeo pode motivar muitos usuários a recorrerem direto a plataformas como YouTube quando querem resolver uma dúvida, aprender algo novo, inspirar-se ou simplesmente se entreter. “Somado a isso, vemos cada vez mais buscadores como o Google exibindo sugestões de vídeo no topo dos resultados de pesquisa”, comenta.

Embora as plataformas para compartilhamento de vídeo tenham se tornado parecidas nas funcionalidades que oferecem, Amarildo defende que cada plataforma cria uma conexão diferente com quem a consome, e quem produz precisa entender muito bem essa lógica. “Produzir conteúdo para o YouTube exige persistência e uma longa jornada para fortalecer sua comunidade”, pontua. “Na maior parte das vezes, estamos falando de vídeos mais longos, com informações mais densas e que permitem aprofundar no conteúdo que estamos oferecendo.”

Para o especialista, quando se pensa em outras plataformas, há a necessidade de um apelo visual mais forte, histórias que criam conexões rapidamente e incentivem o compartilhamento. “Isto é o mínimo que precisamos entender para criar uma estratégia de resultados”, disse.

Além disso, é importante levar em consideração o público que está sendo atingido. Para Julio Emílio, criador de conteúdo da consultoria e página de meme Saquinho de Lixo, “Se o conteúdo está mais ligado a uma geração específica, a marca poderia abordar humor e entretenimento em vídeo de forma a conversar com aquele público”, explica. “Uma geração mais velha prefere um conteúdo de humor, por exemplo, mais relacionado ao estilo ‘video cassetada’”. complementa. 

Sofía de Carvalho, também criadora de conteúdo junto ao Julio, reforça que a aposta no humor é sempre uma ótima opção para comunicar qualquer tipo de assunto, seja na oferta de um produto ou problema social. “Apostar no humor é uma forma inteligente de criar uma conexão, porque ao se deparar com algo que foge do usual, quem está recebendo aquela mensagem estabelece uma ‘predisposição simpática’ a gostar de algo”, aponta. 

Preferências de conteúdo nas plataformas de vídeo

As plataformas de vídeos oferecem uma ampla variedade de conteúdo, mas são as informações práticas que despertam maior interesse entre os usuários. De acordo com a pesquisa do GetApp, 76% dos usuários de redes sociais de vídeo pesquisam principalmente esse tipo de informação. Esses conteúdos abrangem tutoriais que ensinam a realizar diversas tarefas, como preparar receitas, por exemplo.

Além disso, o conteúdo engraçado ou de entretenimento (64%), notícias (61%) e vídeos educativos, como webinars, cursos e palestras (60%), também se destacam como formatos amplamente procurados pelos usuários.

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