São Paulo-SP 8/4/2013 – Há um monte de pequenas coisas que podem levar a quedas que são corrigíveis. Rever os medicamentos e o uso de dispositivos de assistência e de correção de alterações do pé – as órteses – também pode ajudar a reduzir o risco de quedas
Quedas são umas das principais causas de lesões e de internação na terceira idade. São responsáveis por 90% das fraturas de quadril e de punho em pessoas com 65 anos de idade ou mais. Um novo estudo descobriu a causa mais frequente das quedas entre idosos. O resultado? Surpreendentemente, a falta de equilíbrio, na maioria das vezes, é a culpada, e não os tropeços.
Durante três anos, entre 2007 e 20010, pesquisadores canadenses buscaram entender melhor as causas das quedas na terceira idade, a fim de projetar melhores intervenções no ambiente onde o idoso vive. Para tanto, eles analisaram 227 vídeos de quedas de 130 indivíduos (média de 78 anos de idade), filmados em áreas públicas (salas de jantar, corredores e salões) de duas instituições de cuidados de longa duração de idosos no Canadá. Os resultados do estudo foram publicados na revista The Lancet.
Ao analisar as imagens, os pesquisadores descobriram que em 41% dos episódios de queda, os idosos não foram capazes de reequilibrar o corpo depois de dar um passo em falso.
A outra descoberta surpreendente é que as quedas tinham a mesma probabilidade de ocorrer quando as pessoas estavam abaixando-se em uma posição sentada ou em pé, contradizendo estudos anteriores que sugeriam que a maioria das quedas ocorre enquanto as pessoas estão andando.
Pesquisas anteriores também haviam sugerido que as principais causas de quedas em idosos seriam escorregões e tropeções durante a caminhada. Segundo o novo estudo, escorregões raramente são a causa das quedas dos idosos. Sendo assim, os mecanismos de quedas são diferentes dos que foram relatados anteriormente.
Tropeços, a segunda causa mais comum de queda, ainda são um fator importante a considerar, porque eles foram responsáveis por quase um quarto das quedas registradas no estudo. Muitas vezes, as pessoas observadas nos vídeos simplesmente tropeçaram ou um pé colidiu com o outro, especialmente ao girar. Em muitas das ocasiões, o obstáculo na frente do idoso era uma perna de cadeira ou da perna de mesa.
“Este dado é muito interessante, porque nos dá uma real oportunidade de intervenção efetiva no ambiente onde o idoso vive. É preciso selecionar móveis estáveis, mas que eliminem o risco de tropeço”, afirma o reumatologista Sergio Bontempi Lanzotti, diretor do Iredo, Instituto de Reumatologia e Doenças Osteoarticulares, (CRM-SP 60.377).
Ainda segundo os pesquisadores, algumas quedas também ocorreram entre pessoas que deveriam estar utilizando dispositivos de assistência (talas ou chaves para osteoartrite ou cintas e palmilhas para artrite de joelho, por exemplo), mas, que no momento da queda, não estavam usando estes dispositivos.
“Estas descobertas são muito úteis para pacientes com artrite. Pacientes que têm artrite nos membros inferiores podem ter uma marcha anormal – que pode alterar o equilíbrio – o que os deixa mais suscetíveis a quedas. É preciso também prestar muita atenção ao medicamentos que estes pacientes ingerem, pois algumas drogas para artrite podem aumentar ainda mais o risco de quedas, especificamente os opióides”, diz o médico.
Sergio Lanzotti destaca também que se um paciente, ou um membro de sua família, já caiu algumas vezes ou chegou perto de cair muitas vezes é muito importante procurar um médico. “Há um monte de pequenas coisas que podem levar a quedas que são corrigíveis. Rever os medicamentos e o uso de dispositivos de assistência e de correção de alterações do pé – as órteses – também pode ajudar a reduzir o risco de quedas”, alerta o diretor do Iredo.
Além de prestar atenção nos riscos ambientais – por exemplo, garantir que o idoso tenha iluminação adequada e corrimãos em pontos-chave, como escadas – a prática de exercícios físicos que fortaleçam os músculos e melhorem o equilíbrio, a flexibilidade e a força também são importantes, especialmente para os braços, que podem ajudar a impedir que uma queda aconteça.
“Há três competências essenciais relacionadas às quedas que precisam estar presentes no idoso. Uma delas é a capacidade de se locomover com segurança, sem perder o equilíbrio. A segunda é a capacidade de recuperar o equilíbrio, dando um passo ou segurando um objeto próximo. E por fim, se a queda não ocorrer, o idoso deve ter a capacidade de proteger a si mesmo e parar com segurança”, diz o médico.
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